quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Capítulo 03 - Primeiro beijo




- Oi... - Falei sem graça. 
Como assim ele tinha lembrado de mim? Fiquei surpresa.
- Tudo bem? - Ele se aproximou sorrindo. E como era lindo seu sorriso.
- Tu...Tudo! É, eu tenho que ir...
- Já percebeu que sempre que a gente se encontra você tem que ir? - Ele riu.
- É porque eu sempre tô atrasada de verdade.
- E o que faz aqui de novo?
- Não acha que faz perguntas demais? Nem nos conhecemos direito! - Não sei como, mas tive coragem de dizer o que eu queria.
Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas e riu negando com a cabeça, em seguida.
- Me desculpa! - Levantou os braços. - Realmente nem nos conhecemos direito. Mas eu acho que posso resolver esse problema. Vai no meu show hoje á noite?
- Hã? Ir no seu show?
- É...Pra gente se conhecer direito.
- E pra quê quer me conhecer direito? - Cruzei os braços.
- Como você é desconfiada, menina! É só um convite.
- Eu não sei...
- Ás onze, no Barra Music. Espera no portão!
- O que? Mas eu nem disse que... - Ele me interrompeu beijando meu rosto e saiu dali, depois de piscar o olho pra min.
Saí dali sem acreditar no que tinha acontecido. Sem entender o por quê aquele cantor tinha sismado comigo. 
Cheguei em casa e contei tudo a minha mãe. Era ela a minha melhor amiga, eu não escondia absolutamente nada dela, nunca escondi. Desde adolescente, contei do meu primeiro beijo, não tinha vergonha.
- E você vai, não é?
- É claro que não, mãe! Eu tenho mais com o que me preocupar e ocupar meu tempo. Como com a sua consulta ao médico que foi desmarcada depois de três meses.
- Não muda de assunto! Você vai nesse show e se divertir pelo menos uma vez na vida!
- Mãe, não começa!
- Vou começar sim! Se você não quiser me ver brava, você vai nesse show!
- Mãe...
- Você vai e está decidido!
- Eu não tenho nem roupa pra ir nesse show. 
- É só um show, não é nenhum evento chique.
- Eu prometo pensar, está bem?
- Vai se divertir, minha filha! Por favor! Por mim! - Suspirei.
Depois de muito pensar e com a insistência da minha mãe eu decidi aceitar o convite do Luan. 
Coloquei a calça jeans que eu menos usava, que estava mais nova. Uma sapatilha que a Cris tinha me dado de presente de natal e uma blusinha estampada com flores e meu cabelo ficou solto. 
Não fiquei grandes coisas, mas era o que eu tinha pra usar.
Me olhava no espelho e pensava o que um cantor famoso tinha visto em mim. Eu sempre soube o jeito que ele queria "me conhecer melhor".
Peguei um ônibus e ás onze horas em ponto eu estava em frente a casa de shows. Enquanto esperava fiquei olhando as meninas na fila, que gritavam desesperadas e cantavam sem parar. A maioria chorava e eu me assustei quando ouvi uma dizer que tinha chegado ali ás cinco horas da manhã.
Nem vi o tempo passar, era tanta coisa engraçada que acontecia e me dava até pena daquelas meninas ali, sentadas no chão, comendo alguma porcaria, mas estavam com um sorriso no rosto. 
Senti uma mão tocar meu ombro e me virei assustada. Estava distraída.
- Oi...Você é a convidada do Luan, não é? Pode me acompanhar. - Sem antes eu responder o homem começou a andar e eu fui atrás antes que perdesse ele de vista no meio daquele mar de gente.
Ele me levou até o camarote e disse pra eu lhe esperar ali quando o show acabasse. Apenas assenti e ele saiu apressado novamente.
Me sentei em uma das cadeiras que tinha ali e fiquei esperando o show começar. Depois de meia hora de atraso, finalmente Luan subiu no palco e eu fiquei fascinada olhando cada detalhe daquele show.
Era tudo muito incrível, um verdadeiro espetáculo que definitivamente superou todas as minhas expectativas, fiquei encantada. 
Confesso que só sabia cantar três músicas e alguns refrões, mas mesmo assim foi incrível pra mim.
Não tinha tempo de ficar ouvindo música, minha vida era corrida.
Quem fazia isso era minha mãe, amava cantar e ouvir músicas de preferência do Luan e do Gusttavo Lima. Eram suas paixões. 
Depois que lhe dei um som de presente de Natal e um CD de cada um, que ela não parava de ouvir mesmo. Todos os dias era a mesma coisa.
Depois do show, como o combinado, fiquei esperando o moço que logo apareceu e me levou para trás do palco. Só me dei conta de onde estava indo, depois que vi uma enorme placa em uma porta. "Camarim". Tive que respirar fundo antes de entrar.
Naquele momento eu só queria entender por que ficava tão nervosa quando se tratava do Luan.
- Olha, não é que ela veio mesmo! - Ele brincou assim que me viu.
Dei um sorrisinho tímido e aos poucos, notei que todos do camarim estavam saindo, só restando nós dois ali dentro.
- É...Resolvi aceitar seu convite! - Falei sem jeito, tentando não ficar tímida.
- Isso já é um grande avanço pra uma marrentinha feito você. - Ele se aproximou de mim, que estava a uma considerável distância longe dele. 
O olhei indignada. Como ele era abusado.
- Não sou marrenta. Só acho que você tá acostumado com outro tipo de mulher. - Ergui às sobrancelhas e ele me olhou espantado.
Nem eu acreditava que tinha lhe dito isso.
- Vamos pro hotel comigo? - Ele mudou o assunto, colocando meu cabelo atrás da orelha.
Me assustei com a sua indiscrição.
- Hotel?
- Pra gente conversar, se conhecer melhor. Só isso! - Ele sorriu, um sorriso completamente cafajeste. - Depois eu te deixo em casa. É perigoso ir sozinha a essa hora. Prometo que você chega lá em segurança! 
- Tudo bem! - Respirei fundo. 
Eu tinha dito mesmo que iria pro hotel com ele? É, eu tinha dito.
Ele me pegou pela mão e saímos de seu camarim daquele jeito, mesmo eu morrendo de vergonha, já que tinha pessoas nos olhando. Parecia que eram todos da produção do evento e do Luan mesmo.
Ele saia cumprimentando todo mundo, com seu jeito simpático, até chegarmos em uma van.
Entramos nela e ele me puxou lá pro fundo, só tinha nós dois ali dentro.
Passamos por um mundo de fãs que gritavam e batiam na van, me assustando.
- O vidro é fumê! - Ele disse rindo, parecendo ler meus pensamentos.
Assim que chegamos no hotel, fiquei preocupada se algum colega de trabalho me veria, mas graças a Deus só vi gente que eu não conhecia. O hotel tinha muitos funcionários e a Cris também não estava na recepção. 
Me lembrei do quanto ela estaria triste por não estar trabalhando de noite e ver o Luan.
Ri dos meus pensamentos. Cristina era uma louca.
Chegamos em seu quarto e nos sentamos em sua cama. Só então vi o quanto ele estava lindo, com uma blusa azul escura, uma calça jeans escura, um tênis e seu cabelo completamente bagunçado pelo show. Sua barba mal feita estava sexy e pela primeira vez achei bonito um homem de barba.
Ele estava um pouco suado pelo show também. Seu cabelo estava um pouco molhado, juntamente de seu pescoço, mas não era nada demais.
- Podemos nos conhecer melhor agora? - Ele riu
- O que você quer saber? 
- Qual seu nome? Eu esqueci de perguntar. - Rimos.
- Amanda, prazer! - Estiquei minha mão e ele pegou rindo.
- O prazer é meu, Amanda! Tem quantos anos?
- 22 e você?
- Não sabe a minha idade? - Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas.
- Não! - Ri sem graça.
- 24
- Nossa, bem novo. Achei que tinha mais.
- Eu tenho cara de velho, é? - Ele disse sério, me deixando sem graça e riu em seguida. - Tô brincando!
- Você mora em São Paulo, não é? - Ele assentiu.
- Ah, sabe alguma coisa sobre mim!
- (risos) Você é sempre bobo assim?
- Só com quem merece! - Rimos.
- Você tem irmãos?
- Tenho uma e você?
- Não tenho irmãos! Como eu queria um. 
- Nossa, você é louca, é? - Ri dele. - Brincadeira. Eu falo assim mas minha irmã é minha vida!
- Que fofo!
- Nossa! Fofo? - Ele fez graça.
- Você não deve ir nunca pra casa, não é?
- Graças a Deus eu tenho muito trabalho, o lado ruim é a saudade da família.
- Eu imagino! Não sei se aguentaria ficar longe da minha mãe. - Ri fraco.
- Eu também  não sei como aguento! E seu pai?
- Meu pai faleceu á quatro anos. - Suspirei.
- Eu sinto muito!
- É a vida! - Sorri pra ele.
- Sabia que minha mãe é sua fã número um? - Ri.
- Sério?
- Te ama! Se não fosse ela eu nem estaria aqui!
- Ela já tem meu cd novo? - Neguei. Ele se levantou e foi até sua mochila.
Tirou um cd de lá, pegou uma caneta e voltou a se sentar do meu lado. - Qual o nome dela?
- Marina.
- Para dona Marina, com carinho do Luan. - Ele dizia enquanto ia escrevendo. - Ps: Obrigada por me ajudar! Entrega a ela como forma de agradecimento. - Peguei da mão dele rindo.
- Ela vai pirar!
- Quem sabe um dia não nos conhecemos. - Ele se aproximou mais de mim e ajeitou meu cabelo, como de costume.
Aproximou seu rosto do meu e minha mão começou a suar, assim que senti sua respiração no meu rosto.
- Você é um conquistador barato! Ir direto na mãe é apelar muito. - Quase sussurrei com a voz falhada e ele riu, antes de segurar mais firme no meu cabelo e me puxar para um beijo na boca.
Era calmo, mas tinha malícia. Sua língua invadia toda a minha boca. 
Como ele beija bem. Foi o meu primeiro pensamento. 
E como ele sabia conquistar uma mulher, isso era inegável. E eu, que sempre fui durona estava ali em um quarto de hotel, sozinha com um cantor que eu tinha acabado de conhecer pessoalmente, deixando ele me beijar loucamente. Eu definitivamente não sabia o que estava acontecendo comigo.



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Vocês acham que vai rolar no primeiro encontro já ? :x 
Fico feliz demaais com os comentários e que estejam gostando. Eu tô adorando escrever essa fanfic.
Beijos, meu amores! ♥

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Capítulo 02 - Te encontrei




Amanda Narrando : 

- Estava preocupada, Amanda. Que demora!
- Me desculpa, mãe. Hoje teve festa no hotel. - Fiz careta e me sentei ao lado da minha mãe, logo depois de beijar seu rosto.
- Fico preocupada com você nessas estradas essa hora da madrugada!
- Eu já estou acostumada, mamãe. Pode ficar tranquila! Falar em hora, o que a senhora faz á essa hora acordada?
- Já disse que estava preocupada. Acordei meia noite e você não tinha chegado. Disse que chegaria ás onze horas.
- Atrasou muito hoje! Vamos dormir? - Minha mãe assentiu.
- Você tá diferente...
- Como?
- Não sei. Está estranha!
- Eu tô assustada. A senhora não vai acreditar em quem eu esbarrei hoje.
- Em quem?
- No Luan Santana. Aquele cantor que a senhora gosta! - Ri.
- Mentira, Amanda!
- É sério! Eu esbarrei nele, derrubei o celular dele. - Minha mãe fez uma cara de apavorada.
- Você quebrou o celular dele?
- Não chegou a quebrar, graças a Deus!
- Que bom mesmo! Mas ele é lindo como na TV?
- Ah, mãe! - Revirei os olhos rindo.
- É sério!
- É sim, bem bonito! Ele...- Parei de falar.
- Ele? 
- Deu em cima de mim. - Disse em um sussurro e minha mãe arregalou os olhos. - Ele é maluco! Uma pessoa que pode sair com a mulher mais bonita do Brasil, dar em cima de mim.
- Você é linda, filha! Para com isso! Eu nunca vi uma moça mais bonita que você, nesses quarenta e cinco anos que já vivi! 
- Ah, elogio de mãe não vale! - Abracei ela rindo.
- E do Luan Santana, valeu?
- Claro que não! Eu não dei bola!
- Como você é boba, Amanda! Eu agarraria ele! - Ri.
- A senhora sabe que eu não sou desse jeito e nem gosto dessas coisas. Ele iria me usar e jogar fora, como um lixo! Acho que nasci no século errado!
- Você acha? Eu tenho certeza! - Rimos- Você tem que se divertir, minha filha. Viver como uma menina da sua idade. Sei que nossa condição não é uma das melhores, mas mesmo assim dá!
- Eu não quero e nem posso! Tenho que trabalhar e cuidar da senhora!
- Já disse que não precisa cuidar de mim! Esse dinheiro que você ganha era pra guardar pra sua faculdade!
- A senhora sabe que não dá, mãe! A pensão que a senhora ganha do papai é muito pequena, os remédios são caros, tem o aluguel daqui, água, luz, ás vezes não sobra nem pra ir no mercado. - Sussurrei a última parte e suspirei. 
- Filha, já disse que você se preocupa demais! Você sabe que eu não tenho mais jeito...
- Nem termina, mãe! - Eu sempre me irritava quando ela entrava naquele assunto.
- Mas é a verdade e você já tem que se acostumar a viver sem mim. Vai estudar, filha, fazer amizades. Realizar seu sonho! - Suspirei pegando em suas mãos.
- Mamãe, entende! A senhora é o meu sonho! Eu só quero que a senhora se cure! Que a gente volte a viver em paz de novo, com todas as dificuldades, mas viver em paz! Só isso! - Uma lágrima caiu do olho da minha mãe e ela sorriu, logo em seguida pra mim.
- Você é a melhor filha do mundo, sabia? - Ela me puxou para um abraço e eu sorri.
- Desse jeito, eu que vou chorar! 
Os meus dias se passaram do mesmo jeito de sempre. Minha mãe se incomodava tanto com a minha rotina, com a minha vida, ela ficava triste por eu não poder fazer a faculdade dos meus sonhos, por não poder ir para baladas, me divertir como uma menina normal de 22 anos. Mas eu mesma nunca me importei tanto com tudo isso, era meu sonho sim estudar e me formar, mas eu nunca desisti de levar essa ideia adiante.
Confesso que na fase adolescente eu chorava sozinha por não poder ter tudo que as meninas da minha escola tinham, já que eu sempre estudei em colégio particular com bolsa integral, mas nunca cheguei a reclamar com meus pais, eu via o sacrifício que eles faziam por mim.
Mas depois que nós descobrimos que minha mãe tinha câncer de mama, no meu aniversário de vinte anos, tudo mudou. O meu desejo por coisas materiais passou a quase não existir mais. 
Comecei a ver que nada daquilo valia a pena. Comecei a trabalhar para ajudar com seus remédios que eram caríssimos e desde então meu único interesse era ver minha mãe curada e bem de novo, mesmo os médicos e ela mesma não me dando esperanças. 
Depois de um mês o gerente do hotel que eu trabalhava me chamou em sua sala e por um momento pensei que seria demitida.
- No que eu posso ajudar o senhor? - Me sentei e ele me olhou.
- Quero saber se você está disposta a trabalhar aqui todos os dias?
- O que?
- É isso mesmo, menina! Assinaremos sua carteira e vamos aumentar seu salário.
- Mentira!
- É sério! - Ele riu.
- Muito obrigada! Nossa! Isso veio em uma ótima hora!
- Que bom! Gostamos muito do seu trabalho. - Ele me dispensou e eu voltei ao trabalho.
Meu primeiro emprego foi em uma lanchonete, depois em um restaurante, em uma loja de doces e depois aquele hotel.
Confesso que eu não estava conseguindo me adaptar em nenhum emprego mas do hotel eu gostei. Ás pessoas eram simpáticas, agradáveis e ficava quarenta minutos da minha casa, o que não é tão longe comparado ao trânsito do Rio de Janeiro.
 Depois de morar muitos anos em uma comunidade, depois de muito esforço meu pai conseguiu alugar um apartamento na zona norte para nós e desde então nunca mais saímos de lá.
Eu estava em experiência no hotel, trabalhava três vezes na semana e ganhava meio salário, confesso que era puxado, ás vezes eu voltava pra casa de madrugada mas depois daquela notícia que o hotel me contrataria de verdade, eu trabalhei feliz o resto do dia. 
Me liberaram ás cinco horas e depois de tirar o uniforme, sai correndo pelo corredor enorme do hotel, como sempre. Estava atrasada pra levar minha mãe ao médico.
- Amanda! Sua mãe ligou! - Eu passava apressada pela recepção do hotel, quando Cristina, a recepcionista, me gritou. 
Esperei que ela acabasse de entregar as chaves para algumas pessoas que estavam ali.
- O que foi, Cris?
- Sua mãe mandou dizer que não vai mais ao médico. Foi remarcado pro final do mês.
- Que droga! Depois de quase três meses de espera! - Bufei. - E ela tinha que voltar nesse médico o mais rápido possível.
- Ela vai ficar bem, Amanda! - Cris me olhou triste.
Ela sabia do que eu estava passando. A única que sabia, já que era a que eu me dava melhor no hotel, não que eu não gostasse dos outros, mas a Cris era um amor. Não chegamos a ser grandes amigas, mas éramos boas colegas. E fora dali eu também não tinha amizades, não tinha tempo. Minha última melhor amiga foi no primeiro ano e ela se mudou de escola no segundo, indo por água abaixo nossos planos de nos formar no ensino médio juntas. 
Uma gritaria interrompeu minha conversa com a Cris, me assustando.
- É o Luan Santana! -Ela me olhou rindo.
- Sério?
- Por que o espanto? Ele está sempre aqui quando tem show.
- Não to espantada, achei que ele voltou rápido!
- Verdade! Esse ano já é a terceira vez.
- Só caiu no meu dia a última vez que ele veio...
- Eu sempre tô aqui! - Ela disse empolgada e eu ri negando. 
Muita gente entrou no hotel antes dele e por último, ele e seu segurança. 
Alguns hóspedes do hotel pediram foto e ele atendeu gentilmente. Nós funcionários éramos proibidos de tietar e muito menos pedir foto para qualquer famoso.
Me despedi de Cris e fui rumo a porta de saída do hotel quando uma voz me parou.
- Olha só quem eu encontrei de novo! Oi, menina bonita do hotel! - Olhei para o meu lado direito e Luan ria pra mim, agora sem mais ninguém lhe pedindo fotos, só ele e seu segurança, enquanto os outros ajeitavam tudo com Cris.
Não sei porque mas gelei por dentro. Eu não me reconhecia desde que menti para ele que tinha um parente hospedado no hotel, eu nunca tive vergonha da minha origem, mas ele me fazia ficar tão estranha, que nem eu mesma estava me reconhecendo.

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Hoje vocês conheceram um pouquinho da AMANDA, nossa personagem principal. Nos próximos capítulos vocês vão saber ainda mais dela. 
Se encontraram de novo, e aí? O que vocês acham que vai acontecer? Será o que o Luan vai falar com ela? :x
Estão gostando mesmo, amores? É tudo pra vocês, se não estiverem gostando de algo ou com dúvidas em alguma coisa, é só falar comigo.
Beijooos, amores! ♥

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Capítulo 01 - O começo




    Luan Narrando : 


Depois de mais um dia cansativo, lá estava eu e minha equipe de produção indo rumo á um hotel na cidade do Rio de Janeiro.
Aquele dia estava sendo uma correria só, era o segundo show que eu fazia no dia e enfim descansaria, para á tarde ir finalmente para minha casa. Que saudade que ficava da minha família. Já estava á um mês na estrada, que não via eles, nem meu pai, que não viajou comigo naqueles dias e só ficou no meu escritório. Eu me sentia sozinho ás vezes, uma tristeza me envadia, mas aquilo tudo sempre foi uma realização de um sonho meu. 
Poder cantar e encantar as pessoas sempre foi meu sonho desde que nasci e que para minha felicidade, foi realizado muito cedo. Confesso que ainda tinha medo daquilo tudo acabar do nada, mas com o tempo comecei a ficar mais seguro. Confiando mais em mim mesmo e no meu talento, nos meus fãs também, que sempre fizeram de tudo por mim.
Foi naquele hotel que tudo começou. Começou de uma forma meio torta, mas começou.
Antes minha vida era sempre a mesma todos os dias, fazia as mesmas coisas, conversava com as mesmas pessoas, cantava as mesmas músicas, ficava com várias mulheres diferentes, mas amor, amor de verdade, nunca tinha me pegado. Uma vida normal pra um cantor famoso, jovem e rico.
Depois de um show longo e cansativo, eu ia pro hotel quase dormindo dentro do carro, o que era muito raro de acontecer. Mas realmente aquele dia tinha me esgotado.
- Vai indo pro quarto. Você tá quase morrendo mesmo! - Meu secretário falou, assim que chegamos na portaria do hotel. Sem nenhuma fã na porta, ninguém tinha descoberto aonde eu ficaria.
- Tô mesmo! - Peguei a chave que estava em sua mão e junto com meu segurança, subi de elevador para o andar do meu quarto.
- O meu quarto é esse aqui, 312 o seu é o 320, quer que eu te leve até lá? Não tinha vaga em um quarto mais perto do seu. - Meu segurança dizia.
- (risos) É logo ali, Well. Relaxa! Até amanhã. - Acenei pra ele, que só parou de me olhar quando virei no corredor, ri. 
Peguei meu celular, quando apitou o barulho de mensagem e em menos de três segundos esbarrei em alguém, muito forte. Meu celular caiu para um lado e a pessoa para o outro. Eu consegui me manter em pé. Olhei e era uma moça, por isso não conseguiu me derrubar.
- Ai meu Deus! Você tá bem? - Ela me falou e me olhou assustada, ainda no chão.
- Eu que era pra estar te perguntado isso...- Ri e lhe ajudei a se levantar. - Me desculpa!
- Não! Eu que te peço desculpas! Eu sou um desastre em pessoa!
- (risos) Fica calma! Eu que estava distraído no celular também. - Lembrei do meu celular e rodei os olhos pelo chão o procurando.
- Me diz que não quebrou! - A moça colocou as mãos na boca, enquanto eu me abaixava para pegar o celular. Ri do seu desespero.
- Não quebrou! - Mostrei a ela.
- Obrigada, meu Deus! - Ela olhou para cima suspirando, enquanto eu ainda ria. Ela era um pouco louca.
Parei de ri assim que ela me olhou e me encarou. Seus olhos eram azuis, completamente fascinantes.
Usava uma roupa bem simples para uma menina jovem e naquele hotel luxuoso. Uma calça jeans, uma regata branca, um casaquinho por cima, um tênis e uma mochila. Seus longos cabelos cacheados caiam sobre seus ombros, eram volumosos, bonitos. Percebi o quanto aquela garota era linda. 
- Eu...Já vou indo! - Ela me despertou.
- Ah...Você é daqui? - Cocei a nuca.
- Sou sim! - Ela sorriu tímida.
- E...tá indo pra onde? - Perguntei sem jeito, começando a me interessar.
Dei um passo em sua direção e ela deu dois para trás.
- Eu...Vou pra casa!
- E faz o que aqui, em um hotel? - Ri fraco. 
- Então, eu vim aqui rapidinho...Eu realmente tenho que ir! - Ela ia saindo, quando segurei seu braço direito.
- Você tem algum amigo, parente hospedado aqui?
- Ah tenho, tenho sim! É uma prima! 
- Entendi, então você volta amanhã?
- Não! Ela vai embora amanhã bem cedinho.
- Que pena! Queria te ver de novo! - Falei na cara limpa e ela me olhou assustada.
- É...Não vai dar!
- Você tem que ir mesmo agora?
- Sim! Minha mãe me espera e ela pega bastante no meu pé. - Ela disse firme e eu me dei por vencido.
- Tudo bem! Então até qualquer dia, ou se quiser voltar aqui amanhã. Até as cinco da tarde eu ainda estou aqui. - Sorri para ela, que me olhou completamente sem graça.
- Tchau! - Ela acenou e saiu de perto de mim ás pressas, ri.
Fiquei parado lhe olhando, até ela pegar o elevador. O mesmo que Rober e Arleyde tinham acabado de sair.
- Ainda aqui? Pensei que estava com sono! - Minha assessora disse.
- Sabe que eu até perdi o sono? - Ri.
- Já deve ser mulher! - Rober riu comigo.
- Não toma jeito esse garoto!
- Claro que tomo, Lelezinha! - Me despedi deles e enfim fui para o meu quarto.
Tomei um banho bem demorado, coloquei minha camisa confortável de dormir e me joguei na cama, pensando na menina bonita do corredor.
Ela era realmente linda, uma beleza diferente das que eu estava costumado a ficar, mas mesmo assim linda. Seu rosto com traços perfeitos, aqueles olhos azuis e seu corpo típico de uma brasileira.
Os quadris mais largos, seios fartos, pernas grossas, um bumbum grande e uma cintura pequena, que caberia minhas mãos perfeitamente ali. 
Ri dos meus pensamentos, eu realmente tinha me interessado, pena que não a veria nunca mais a veria.


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Oi, meus amores. Eu volteeei! haha
Espero demais que vocês gostem dessa fanfic, que está sendo feita com muito carinho por mim.
Quero fazer uma coisa mais diferente do que eu estou acostumada a escrever e a ler também. Começando pela personagem! Espero mesmoo que gostem! Comentem o que acharam do primeiro capítulo, mesmo não sendo muito bom o começo. haha
Ah, eu não quero muita enrolação, não. Quero que a história deles comece um pouco mais rápido, tudo bem? Um Beijão, pra vocês!
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