sábado, 31 de outubro de 2015

Capítulo 40 - Briga na balada






- Levanta daí, Amanda! Vamos pra balada. – Estava deitada, assistindo um filme infantil com o meu filho, quando Dani chegou dizendo.
- Ah não, Daniel!
- Para de moleza! Eu já cheguei á dois dias e não saí pra lugar nenhum, a não ser a academia. – Ri dele.
- Duvido se não foi a Larissa que inventou...
- Ela já está se arrumando! – Com muito custo ele me fez levantar da cama.
Já tinha tomado banho e fui me arrumar para sairmos. Me despedi do meu filho e fomos até uma balada que Larissa tinha indicado.
- Como descobriu aqui? – Perguntei à ela.
- Eu vi em algum site. – A balada era boa, aconchegante e tocava músicas legais.
Estava tudo indo bem, até eu me virar para procurar o corredor que dava para os banheiros, e dá de cara com o Luan.
- Não acredito! – Sussurrei bufando.
- O pai do seu filho está ai...
- Acabei de ver, Larissa!
- Como ele tem o poder de acabar com o seu humor, Amanda! – Ela e Daniel riram. Revirei os olhos.
Fui procurar o banheiro com o Dani e fiquei esperando ele do lado de fora. Dizia que tinha medo de se perder.
Quando voltamos, vi Luan conversando com a Larissa e queria parar de andar, mas meu amigo praticamente me obrigou a ir até lá.
- Oi, Amanda! – Ele disse assim que eu cheguei. – Tudo bem?
- Estava melhor, até eu te ver. – Falei sem pensar e ele ergueu as sobrancelhas.
- E você é? – Ele apontou para o Daniel.
- Daniel...Luan, não é?
- Isso mesmo! Falam muito de mim, é? – Ele me encarou e eu virei os olhos.
- Ah...É porque você é pai do Rafa, sabe como é...
- Sei sim! – Ele riu e deu uma golada na sua bebida.
O pessoal que estava com o Luan chamou ele, que se despediu de nós.
- Amanda, confessa que você ainda gosta dele. – Daniel disse.
- Ela nunca vai confessar isso!
- Parem os dois! Eu não quero nada com o Luan. Eu ainda sinto raiva dele. Eu não quero mesmo voltar a passar tudo que eu passei quando pensei que pudéssemos ter alguma coisa séria. – Ri, negando. – Como eu era tola! – Bebi um pouco da minha bebida.
Começou a tocar umas músicas mais animadas e eu comecei a me animar mais e a beber também. Estava indo pegar mais uma, quando alguém esbarrou em mim e eu senti um líquido gelado na minha barriga.
- Desculpa! – Ouvi uma risada maldosa.
Era a idiota da irmã do Luan.
- Vem cá, garota. O que você tem contra mim?
- Não tenho nada, fofa. Foi um acidente. Você também não vive esbarrando em mim?
- Sério que você tem raiva de mim, porque esbarrei em você duas vezes? - Ri. – É uma pentelha mesmo.
- Quem é você pra me chamar de pentelha? Nem me conhece...
- Você também não me conhece!
- Conheço o bastante pra saber que você não tem caráter!
- (risos) Eu não tenho caráter? – Me irritei.
- E interesseira. Era só isso que você tinha no meu irmão, interesse. Como se já não bastasse engravidou, não deu certo o plano e se mandou deixando o coitado sofrendo!
- Ah, coitadinho do seu irmão! Você quase me deixou com dó dele agora...
- Garota sínica!
- Você não me conhece, menina e eu to começando a me irritar com você, sabia?
- É mesmo? – Ela debochou de mim e eu não agüentei, pegando um copo cheio de caipirinha, que passava na bandeja do garçom e jogando tudo nela, que me olhou perplexa.
Vi Luan se aproximando de nós e logo depois Larissa e o Dani.
- Me desculpa! – Ri.
- Idiota! Você pode ter ficado rica, mas nunca vai ter classe! – Ela gritou, fazendo algumas pessoas nos olhar.
- Pior você, que é rica e nunca vai ter educação. Eu sou sem classe mesmo, mas tenho educação. Veio de berço! E se continuar me irritando eu te mostro de verdade que não tenho classe nenhuma, garota! – Senti uma mão no meu braço e uma pressão para trás.
- Vem, Amanda! – Larissa falava.
Bufei tirando meu braço de suas mãos e saí dali batendo o pé. Fui até o lado de fora da boate pra tomar um ar. Ela tinha conseguido me irritar de verdade.
- Nem me olha com essa cara. – Falei para Larissa.
- Você é doida? Se deixar levar por provocação boba de uma menina daquela?
- Eu cansei de ser trouxa, Larissa. Já engoli muito sapo na vida.
- E por isso vai passar a arrumar barraco com todo mundo que te provocar? Sinto muito, mas você ainda vai ter que engoli sapo. – Bufei.
- Aquela pentelha, pensa que me conhece...
- E relaxa, que pelo o que eu sei ela é a tia do seu filho. – Daniel falou.
- Obrigada por me lembrar disso! – Sorri irônica e ele riu.
- Amanda...
- Ah não! – Sussurrei quando ouvi a voz do Luan.
- O que foi aquilo lá dentro? Você e a minha irmã?
- Por que não pergunta pra ela?
- Ela disse que esbarrou em você e você começou a gritar com ela. – Ri.
- É...Ela jogou um copo de drink em mim, sem querer mesmo e quem começou a gritar primeiro foi ela.
- Por que isso?
- Já disse, pergunta pra ela. Eu não tenho nada contra a sua irmã, eu nem conhecia ela. Ela que não gosta de mim, tá de birra comigo. Não posso fazer nada e se me provocar eu não fico calada mesmo.
- Parece criança...
- Ah, cala a boca! E não se mete na minha vida. Se a sua irmã continuar de graça comigo, ela vai levar, porque quem procura acha!
- Você é maluca! – Ele negou.
- Sou? Ótimo! E você e sua irmã são sínicos e dissimulados. Os dois!
- Não fala isso da minha irmã.
- Eu falo mesmo! E ainda por cima são sem educação, não ganharam não?
- Amanda, para! – Larissa sussurrou no meu ouvido. – Nós já vamos, Luan. A Amanda está um pouco alterada...
- Eu estou ótima!
- Estamos vendo! – Ela sorriu. – Até qualquer dia.
- Amanhã eu vou lá ver meu filho, Amanda. – Não falei nada e saí dali com os meus amigos.
- Eu falei que não queria sair de casa hoje! – Falei dentro do carro e Daniel riu.
- Amanda barraqueira!
- Tô morrendo de ri! – Revirei os olhos.




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O que vocês acharam dessa Amanda barraqueira? Kkk 
Pelo visto, ela e a Bruna não vão se dar muito bem. Estão do lado de quem?
A Amanda está sendo bem grossa com o Luan também.
Espero que estejam gostando :*

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Capítulo 39 - Ela não gosta de mim







- Como vai, Amanda?
- Bem, Arleyde. Fico feliz que tenha lembrado do meu nome. - Ri.
- Não tinha como esquecer. O Luan falava de você vinte e quatro horas por dia.
- Em quê eu posso te ajudar?
- Vim assinar alguns papeis, levar outros para o Luan Faz parte da propaganda do perfume.
- Ah, claro! - Peguei os papeis. - Aqui está, pode levar para ele sim.
- Não quero que fique mágoas entre nós. - Ela falou, assim que acabou de assinar e me entregou a caneta.
- Por incrível que pareça eu não guardo mágoas de você. Eu sou bem mais que só uma pessoa magoada com o passado.
- Que bom! Me desculpa por qualquer coisa do passado...
- Espero do fundo do meu coração, que tenha se arrependido de verdade e não está falando isso só porque agora, hum...Eu tenho dinheiro.
- Claro que não! Me arrependo sim de ter te tratado mal, mas não de ter interferido na vida do Luan. Era o que eu achava melhor pra imagem dele.
- Te agradeço por ser sincera! - Ri. - Mesmo não concordando com isso. Sério, em pleno século vinte e um, ainda rotulam quem as pessoas tem que namorar, casar, enfim...Dinheiro e cor, não faz ninguém superior que as outras pessoas.
- Eu também acho ruim, mas infelizmente é assim. Principalmente no mundo do Luan. É um mundo agressivo.
- Eu faço ideia mesmo! - Ela se levantou e se despediu de mim.
Fiquei o resto da tarde na empresa e depois fui pra casa.

Luan Narrando : 

Minha assessora chegou com uns papeis na minha casa. Eu jogava vídeo game com o Rober, enquanto Jéssica conversava com a Bruna e meus pais, no outro sofá.
- Assina isso pra mim?
- Aham...Espera rapidinho...
- Sabe aonde eu peguei isso?
- Não faço ideia!
- Na empresa da Amanda. Ela mesma que me deu. - Olhei assustado para ela e perdi a luta, Rober comemorou.
- Você foi lá?
- Qual o problema?
- Nenhum! - Fingi não me importar.
- Ela me tratou bem até. Já teve com ela?
- Já, Arleyde! - Eu tentava me concentrar no jogo. - Desisto! - Joguei o controle no sofá. - Aproveitar que tá todo mundo aqui. Eu tenho uma coisa pra contar pra vocês.
- Lá vem! - Meu pai fez careta.
- Vem mesmo... - Suspirei. - A Amanda tá de volta e...Ela trouxe o filho junto, ou seja, ela foi embora daqui grávida, ou seja, o filho é meu. Meu filho tá morando aqui na frente. - Todo mundo ficou mudo.
- Tá falando sério, boi? - Rober me perguntou.
- Eu tô...Ela realmente foi embora grávida.
- Que história é essa, Luan? - Suspirei.
- Depois a gente conversa. Só nós dois, Jéssica. É melhor!
- Você tem um filho?
- É...
- Espero que não tenha me traído.
- Eu não te traí. Ele tem três anos.
- Luan, isso é verdade mesmo?
- É sim, mãe! A Amanda vai conversar com ele e assim que der, eu o trago pra vocês conhecerem ele. É um menino lindo e esperto. - Sorri.
- Você tem que fazer o teste de DNA.
- Não, Arleyde. Chega disso!  Eu não quero mais problemas com a Amanda.
- É...Ela não iria gostar mesmo.- Depois de responder várias perguntas, eles foram se acostumando com a notícia.
Subi para o meu quarto com a Jéssica e tive que contar a história toda, ou parte dela. 
Eu resumi bastante e no final, o mais importante, que a Amanda tinha ido embora grávida de um filho meu.
- E você? - Ela perguntou.
- O que tem eu? - Me deitei na cama. 
- Ainda gosta dessa garota?
- Jéssica, não vai começar.
- Eu não tô começando nada, Luan. Só tô perguntando! O seu olho brilha de uma forma diferente quando fala dela.
- Isso é coisa da sua cabeça, amor. Eu estou com você, não estou? Então pronto! Para de coisa e vem cá! - Sorri para ela, tentando lhe passar confiança e ela enfim cedeu e se deitou comigo.


Amanda Narrando:


Enfim Daniel tinha chegado e eu fui buscá-lo no aeroporto.
O abracei bastante e o levei ate a minha casa. Ele já tinha alugado um apartamento perto do meu condomínio.
- Assim eu fico mal acostumado e venho comer na sua casa sempre. Nem faço a compra do mês! - Ele brincou e eu ri.
- Pode vir....Tava com saudades das suas gracinhas, grandão! - Beijei seu rosto e ele fez careta.
- Agora a moleza acabou! Já se matriculou na academia?
- Ainda não! - Fiz careta.
- Mas pode tratando. Vai pegar firme.
- Credo, Dani! - Ele riu de mim.
No final do dia, fomos até a academia do condomínio para deixar tudo marcado.
- Só você pra me obrigar a vir a pé.
- Exercício, Amanda. Aposto que não estava fazendo nenhum.
- Estava descansando. Eu trabalho! 
- Mas tem que fazer!
- Ainda tenho que arrumar uma empregada lá pra casa, a Neyde tá fazendo quase tudo, coitada.. Vou pedir a Lari pra ver isso.
- Olha só, tem preguiça de tudo! - Ri.
- Mais pra frente quero montar uma academia lá também Tô com preguiça de ir até lá todos os dias.-Provoquei ele, que fez careta.
- É assim que você quer ficar gostosa?
- Eu já sou, meu bem! - Depois de quase trinta minutos de caminhada, enfim chegamos na academia.
Deixamos todos os horários marcados e na hora que estávamos saindo da academia, me esbarrei em alguém.
- Me desculpa! - Olhei para pessoa.
- Que mania que você tem de esbarra em mim, em garota! - Me assustei e reconheci aquela menina, era a irmã do Luan, que me olhava com uma cara nada boa.
Não respondi nada e saí dali bufando.
- O que foi isso?
- Você não sabe da missa a metade, Dani.
- Já chegou no Brasil causando?
- Nem te conto. Tudo veio á tona de novo e eu já vi que essa garota não vai com a minha cara e olha que nós nem nos conhecemos direito. Mas se ela quer assim, ótimo! Porque eu também não faço questão de gostar dela.



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Que bom que estão gostando do rumo da história, amores.
Acho que a nova Amanda, está mais madura e menos sensível kkkk
Até o próximo! 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Capítulo 38 - Ele é seu filho







- Amanda, me fala logo. Eu...
- ELE É SEU FILHO! – Falei e ele parou de falar. – Satisfeito?
- Você não devia ter feito isso comigo.
- Eu não devia ter feito o que com você, Luan? Tem certeza que fui eu que fiz alguma coisa com alguém aqui?
- Eu errei sim, caramba! E sei disso. Mas você também me escondeu que teve o bebê. Se eu tivesse descoberto por você, hoje...
- Hoje o que? Hoje estaríamos juntos e felizes? – Ri irônica. – Ou você estaria escondendo eu e meu filho de todo mundo, porque sua assessora não ia querer.
- Amanda...Você não podia ter ido embora carregando um filho meu na barriga.
- Mesmo sabendo que eu estava grávida, quem me expulsou da sua vida foi você.
- EU FIZ AQUILO TUDO DE CABEÇA QUENTE, CARAMBA! – Ele suspirou. – Depois que eu me toquei que você tava mesmo grávida...Eu fui atrás de você.
- Foi atrás de mim quando, Luan? Porque eu voltei pro Rio.
- Depois de alguns meses. – Ele sussurrou.
- (risos) Depois de alguns meses? Você se tocou que eu estava grávida de um filho seu depois de alguns meses, aí resolveu ir atrás de mim ver o que eu estava passando.
- Eu tive que ter esse tempo pra esfriar a cabeça. Eu tava sofrendo também, mesmo você não acreditando.
- E eu? Eu sozinha no mundo, sem ninguém, sem minha mãe. Grávida, sem nenhuma condição de criar uma criança, que tinha acabado de ser expulsa da casa do pai do meu filho. Você acha que eu não senti nada? Você acha que eu não precisava de um tempo pra esfriar a cabeça? Precisava! Mas não tive, porque não pude. Além de mim, eu tinha que pensar no meu filho. Eu tive que continuar a minha vida, no mesmo minuto que coloquei o pé pra fora da sua casa. Eu tinha um aluguel pra pagar, uma casa pra sustentar e ainda teria uma criança. Eu não podia me dar o luxo de me dar um tempo das pessoas, do trabalho. Eu só quero que pare de ser egoísta! Você acha que sua vida é difícil? Você tem que viver muito ainda pra aprender alguma coisa.
- Eu sei sim de muita coisa, Amanda. Eu também sei de tudo que você passou e fico feliz de onde esteja hoje. – Eu não tinha mais forças pra falar nada.
Luan também ficou em silêncio.
- Mamãe... – Ouvi uma vozinha sussurrando e me dei conta de que meu filho presenciava aquilo tudo, sem necessidade.
- Oi, meu amor! – Fui até ele.
- Eu to com fome! – Ele colocou a mãozinha na boca, me fazendo ri.
- A mamãe vai preparar alguma coisa pra você, pode ser? Espera só um pouquinho?
- Só um pouquinho! – Ele fez o gesto com os dedinhos e eu sorri, beijando sua testa.
- É melhor você ir! – Me virei para Luan, que nos olhava.
- Eu não quero ir! – Ele disse firme. - Deixa eu ficar um pouco com ele? Por favor, Amanda...
- Tudo bem, Luan. Mas vocês vão ter todo tempo do mundo.
- Eu quero que converse com ele.
- Eu vou! Mas com calma. Ele ainda é muito pequeno e não entende as coisas direito.
- Eu vou ter calma! – Saí dali para ir preparar o jantar do Rafael , mas parei atrás da porta que dividia a sala da cozinha.
Vi Luan se aproximar e se sentar ao lado do Rafa.
- E aí, cara. Quer um companheiro pra brincar?
- Você sabe brincar?
- Claro que sei, uai.
- Qual seu nome? – Rafael disse, enquanto entregava um carrinho á ele.
- Luan e o seu?
- Rafael! – Ele sorriu o analisando. Eu sorri também.
Sim, eu tinha posto Rafael por causa dele. Sempre achei um nome lindo e quando soube que o segundo nome do Luan era esse, eu quis mais ainda colocar.
A prova de que eu sempre amei ele e que meu coração sempre falou mais alto que a minha cabeça, que tinha raiva dele.
Mesmo nunca imaginando ver os dois juntos, era o meu sonho. O Rafa sentia falta de um pai, mesmo tão pequeno.
- Você tem quantos anos, Rafa? Eu posso te chamar assim? – Rafael assentiu e mostrou os três dedo, com a mão.
- Já é um rapaz, cara.
- Já sou grande! – Ele disse fazendo Luan ri.
Deixei os dois ali e finalmente fui até a cozinha.
Eu estava triste com aquele reencontro, pelas nossas conversas, mágoas e raivas que vieram á tona. Relembrar aqueles últimos anos não me fazia bem. Mas estava completamente feliz e aliviada por Luan saber do filho e por meu filho ganhar o pai que merece.
Eu dei o jantar do Rafael e Luan ainda continuava ali, mas foi embora, assim que ele terminou de comer.
Na segunda-feira, fui pra empresa bem cedo e já estava cansada só de pensar, que só iria ir embora no final da tarde.
Larissa entrou na minha sala, me assustando.
- Quanto tempo, Lari!
- Tive que sair pra me divertir nesse final de semana. Não lembrava do quanto o Brasil é animado! – Ri dela. – Tenho novidades.
- O que?
- Mais uma cliente. Dessa vez, uma marca de cosméticos.
- Muito bom! Acho que a empresa está ficando conceituada.
- Você acha? Só não tenho uma notícia muito boa pra você.
- Notícia ruim hoje não, Larissa! – Bufei.
- O Luan é o garoto propaganda do perfume...De novo!
- Só existe ele de famoso nesse Brasil?
- Não sei, mas é um dos mais gatos. – Revirei os olhos.
- Fazer o que, não é?
- Achei que ficaria pior com a notícia.
- Nós já conversamos. Já foi tudo esclarecido!
- Tudo o quê?
- Ele já sabe que é o pai do Rafa.
- Mentira, Amanda! Como assim, você não me conta isso? – Ela se sentou na cadeira, em frente a minha mesa e eu ri.
- Você não parou em casa o final de semana inteiro.
- Depois me conta detalhes de tudo!
- (risos) Pode deixar!
- Você parece aliviada...
- E estou. – O telefone da minha sala tocou e eu pedi para que Larissa atendesse, enquanto assinava alguns papeis.
- O que foi?
- A assessora do Luan está ai, pra assinar alguns papeis. – Olhei para ela assustada.
- Assessora?
- Foi o quê ela disse. – Suspirei, fechando os olhos.
- Manda ela entrar.
- Tudo bem! E eu já vou. – Ela beijou minha bochecha e saiu da sala.
Não demorou muito para baterem na minha porta. Contei até três e mandei que entrasse.
- Boa tarde! – Ela falou e eu sorri.
- Boa tarde! Pode se sentar. – Apontei para uma cadeira e ela se sentou.
Eu não tinha tanto ódio dela assim, mas a sensação de volta por cima era ótima.
Algum tempo atrás ela me humilhava e fazia questão de jogar na minha cara que eu não servia para o Luan por ser pobre e agora, ela estava ali na minha empresa, de frente comigo e não me olhava mais com desprezo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Capítulo 37 - Conversa



Capítulo dedica à leitora Silvana. Parabéns, lindona! Tudo de bom na sua vida! :)




- Fala logo o que você quer! – Bufei, me aproximando dele.
- Abaixa a guarda, Amanda. Caramba! Eu vim na paz.
- Eu não esqueço ás coisas fácil, Luan.
- Pois deveria. Você não vai ganhar nada lembrando do passado sem parar, com essa mágoa toda.
- Posso não ganhar, mas não vou me culpar por ser idiota. Você me magoou muito, não só você, mas você foi o que mais me magoou. Eu nunca esperava ouvir o que eu ouvi de você!
- Você também me magoou... – Ele sussurrou, depois de alguns segundos em silêncio.
- Acontece, que você entendeu tudo errado, ou melhor, colocaram coisas na sua cabeça e você caiu feito um idiota. Eu pensei que conhecia meu caráter.
- Amanda, me entende. Eu não conheço você tanto assim. Eu não podia bater de frente com as pessoas mais importantes da minha vida.
- Não, Luan. Eu não entendo! Não me conhece tanto assim, mas dizia que me amava, que era de verdade. Eu só falo isso pra alguém, quando confio plenamente na pessoa. Ah quer saber? Também não quero saber nada disso! O que passou não volta mais, mesmo que esteja arrependido.
- Hoje eu vejo sim que fui grosso com você, que fiz tudo de cabeça quente, que não deveria ter te expulsado da minha casa e da minha vida daquele jeito, mas...
- Mas o quê? Pra mim, não tem explicação pelo o que você fez. Se eu pudesse voltar no tempo, eu nunca, teria ido naquele maldito show! – Falei de cabeça quente e Luan suspirou, encarando o chão.
- Eu só quero que saiba que te amei de verdade e me preocupei com você.
- Agora é fácil falar, não é? Agora que tudo já passou.
- Mas não pensa que você não me magoou também, porque magoou. Eu sofri por muito tempo por sua causa, eu chorei muitas noites por você. – Ele me encarou. - Só quero saber por onde andou.
- Eu consegui um emprego com uma senhora, nos mudados para fora do país.
- E como conseguiu isso tudo? – Ele olhou em volta.
- Ela faleceu e deixou toda herança pra mim...
- Tá brincando?
- Não. Mas eu preferia ela viva e eu trabalhando pra ela. Foi uma mãe que eu não tive no momento mais difícil da minha vida. – Luan encarou o nada e eu suspirei.
- Você deveria ser muito importante pra ela também.
- É...Eu acho que sim! Satisfeito? Agora eu queria que fosse embora. – Ouvi um choro vindo do andar de cima da casa.
Luan me olhou e eu já sabia o que perguntaria.
- Amanda....
- Vai embora, por favor! – Quase implorei.
Eu não queria falar sobre o meu filho pra ele, não naquele momento.
- Você sabe que me deve mais explicações...
- Eu não te devo nada! Você me mandou embora da sua vida, lembra? – Ele suspirou. – Agora vai embora! – falei mais firme e enfim ele saiu.
Fui até o quarto do Rafael e ele ainda chorava, Neyde entrou logo depois de mim.
Descemos todos para a cozinha e tomamos o café da manhã juntos.
Aquele dia eu passei o dia todo na empresa e cheguei em casa quase de noite, na verdade a minha semana era assim sempre.
No final de semana, resolvi ficar em casa o dia todo com meu filho, eu sentia muito a falta dele e Neyde dizia, que ele sentia a minha.
Dei um dia de folga a ela, eu precisava daquele momento com ele.
Tinha vezes que me sentia culpada por trabalhar demais e não dar a atenção que ele merecia.
- Mãe! – Ele falava enquanto comíamos um bolo.
- Oi...
- Eu quero ir ali.
- Aonde?
- No parquinho aqui, mamãe. – Com muito custo consegui descobrir aonde era o parquinho que ele ia todos os dias com a Neyde e o levei até lá.
Estava distraída no celular, respondendo uma mensagem da Lari, quando senti alguém se sentar do meu lado. Rafael brincava logo na minha frente.
- Luan?
- O que é? Eu também moro aqui. E cheguei primeiro! – Ele riu e eu continuei séria. – Já disse pra você baixar a guarda?
- Já, mas eu não to a fim!
- Não podemos ser nem amigos, pô?
- Não...Eu não quero nada que venha de você!
- Você me magoa desse jeito.
- Você também...
- Já te magoei muito. Já cansei de ouvir. – Ele me interrompeu e suspirou.
- Que bom que sabe! – Voltei a olhar para o meu filho com o coração batendo forte.
- Amanda, esse menino é meu? – Luan falou de uma vez e meu coração acelerou ainda mais, mas não demonstrei. Continuei sem olhá-lo.
- Não, é meu. Eu que dei a luz.
- Você entendeu muito bem o que eu disse. Eu sou o pai dele ou não?
- O que você acha? – O olhei e ele parecia pensar. – Talvez seja, talvez não. Não sei, faça as contas, pense bem se eu não sou uma oportunista querendo só o seu dinheiro... – Me levantei.
Fui até Rafael e o peguei pela mão.
- Ah mamãe!
- Vamos almoçar, amor. Depois vamos tomar um sorvete, está bem?
- Tá! – Ele gritou sorrindo. Ri.
- Amanda! Para de coisa e fala logo.
- Eu já disse, pense você. – Luan parou na nossa frente e encarou Rafael.
Eu tinha vontade de chorar, pra mim, eu nunca mais encontraria o pai do meu filho, quanto mais colocaria os dois frente a frente.
Saí dali e deixando o Luan ainda calado.
Cumpri o prometido para o Rafael e depois de almoçarmos em um restaurante ali perto, fomos tomar um sorvete e voltamos para casa.
De noite, ele brincava no chão da sala quando minha campainha tocou.
- O que você quer aqui de novo?
- Eu cansei dessa brincadeira, Amanda! – Luan entrou na minha casa.  – Eu quero ouvir da sua boca, que você saiu daqui grávida sim, que o filho era meu, que você teve ele e que ele está bem aqui na minha frente. – Seus olhos estavam mais brilhantes que o normal. – Me fala! Eu tenho o direito de saber. – A essa altura, eu já não conseguia mais segurar as minhas lágrimas.



Capítulo 36 - Evitando







Amanda Narrando : 



Fui para o evento da mais nova cliente da empresa. Uma marca de roupas bem famosa no Brasil.
Tirei fotos com todo mundo que pedia e até me entrevistaram. Fui falar com os donos da marca e depois me sentei em uma mesa com a Larissa.
- Eles estão surpresos por ser tão jovem! - Ela comentou rindo.
- Eu percebi!
Estava voltando do banheiro em uma hora, com a cabeça baixa, quando senti alguém parando na minha frente. Eu conhecia aquele perfume.
Olhei para cima e parei. Não consegui respirar mais direito. Eu não estava preparada para encará-lo assim.
- Amanda. Quanto tempo. - Luan falava baixo e a minha fala não saia direito.
- É... - Tentei sair dali rápido, mas ele segurou meu braço.
- Não foge de novo! Só tem isso pra me dizer?
- Tudo que eu tinha pra te dizer, já te disse naquele dia. - Tentei sair, mas ele segurou meu braço de novo.
- Por onde andou? Por quê está rica? Por quê é minha vizinha?
- Não é da sua conta. - Sorri irônica para ele.
- Como conseguiu tanto dinheiro, Amanda?
- Eu não te devo satisfações, Luan! O que é? Achou que isso seria impossível? Melhor! Acha que eu dei o golpe da barriga em algum milionário. - Ri, enquanto ele me encarava sério.
- Eu não tô brincando.
- Nem eu! - Retribui seu olhar. 
- Eu fui atrás de você, me falaram que tinha se mudado. Eu...Pensei que nunca mais te veria.
- Essa seria a minha maior felicidade! - Ele se calou. 
- Eu não tenho mágoa de você...
- Mas eu tenho de você! 
- Você tá mudada.
- Não sou mais a trouxa, que aceita tudo, que você conheceu. A vida me fez crescer, acredita?
- O que faz aqui?
- Não é da sua conta, mas eu vou te falar. Eu sou a dona da empresa ,de publicidade que a marca contratou.
- Tá falando sério?
- E por quê mentiria?
- Como conseguiu isso tudo? Eu...Eu não entendo.
- E nem precisa. Não faço questão, por mim, eu fingiria que nunca te conheci na vida, Luan. Apagaria você da memória pra sempre! - Consegui sair de perto dele em paços largos.
Depois de contar tudo a Larissa, a chamei para irmos embora.
- Não! Nós vamos ficar e você vai mostrar pra ele que deu a volta por cima. Falando nisso, eu vi ele bem de perto. É um pedaço de mau caminho.
- Larissa! Não quero saber disso! - Bufei e minha amiga riu.
- Foi só pra descontrair, amiga!
- Que droga de destino! - Tive que continuar na festa, mas evitava o máximo de olhar para uma certa mesa, que estava próxima da minha.
Uma das donas da marca foi até mim e disse que ia me apresentar os "garotos propaganda" da marca. Primeiro me levou até uma moça bonita, loira, de um corpo de dar inveja e bem simpática. 
Depois me levou até a mesa em que Luan estava. Eu tive que forçar o melhor sorriso que eu tinha e dar o melhor do meu lado atriz.
- Conhece o Luan, Larissa? Você saiu do Brasil á alguns anos, não foi? - Ela disse, enquanto eu cumprimentava á todos.
- Conheço sim! Faz só dois anos que saí do Brasil, ele já fazia sucesso. - Sorri.
- Então você não morava no Brasil? - Luan se meteu.
Ele estava jogando pra saber das coisas.
- Não...
- Tão novinha e tão talentosa essa moça, gente!
- Bondade sua! - Sorri pra ela.
- Temos que marcar um almoço todos juntos.
- Vamos marcar...
- E eu aproveito e conheço o fofo do seu filho, a coisa mais linda que eu já vi! - Ela riu e pela primeira vez, eu fiquei sem jeito.
O resto da festa eu não me esbarrei mais com o Luan, só na hora de ir embora, que encontramos eles no estacionamento. Eu fingia que não via e sem querer esbarrei em uma moça que estava com eles.
Pedi desculpas e fui até o meu carro. Sabia que era a irmã dele, eram bem parecidos.
Acordei no outro dia com a campainha da minha casa tocando desesperadamente.
Larissa já tinha saído, Neyde deveria está dormindo com o Rafa. Abri a porta bocejando.
- A gente precisa conversar! - Um Luan nervoso, praticamente invadiu minha casa.
- Ei! Quem te chamou pra entrar?
- Amanda, para de criancice. A gente precisa conversar sério e você sabe disso.
- Eu não sei de nada, já disse que não tenho nada pra falar com você. Pra mim, você morreu!
- Mas eu quero conversar com você, Amanda! E eu não vou sair daqui, até responder todas as minhas perguntas. - Ele cruzou os braços me olhando.
- Por quê está tão interessado? Pensei que não se importasse comigo, pelo menos, foi isso que você mostrou naquele dia.
- Esquece aquele dia! Amadurecemos, eu quero conversar como adulto com você e esquecer o passado...
- Claro! Pra você é fácil falar!
- Amanda, eu já disse. Nós vamos conversar, você vai responder as minhas perguntas e ouvi o que eu tenho pra dizer. - Ele se sentou no sofá.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Capítulo 35 - Evento





- Vem, Amanda! - Larissa gritou. Salva por ela.
- Vem! - Peguei na mão do meu filho que apontava para o cachorro. - Depois você vê o cachorrinho. - O peguei no colo e saí dali o mais rápido possível, sem dar chances do Luan falar nada.
Eu nem sei se ele falaria alguma coisa, mas eu tinha quase certeza de que tinha me reconhecido.
- O que foi? - Larissa perguntou.
- Não foi nada...
- Parece que viu um fantasma. 
- Mais tarde eu te conto. - Ela assentiu e nós entramos na casa.
Já estava tudo organizado em seus devidos lugares, do jeito que eu queria mesmo.
Meu motorista tinha sua mulher e seus filhos ali em São Paulo, mas a Neyde moraria comigo.
Larissa também, só que provisoriamente. Ela estava a procura de um apartamento.
Dei folga ao Junior e Neyde foi dar banho em Rafael, depois que nos ajeitamos na casa. Desci até a sala e me sentei no sofá com a Larissa.
- Agora me conta! - Suspirei.
- Você viu quando o Rafa atravessou a rua e caiu?
- Vi sim.
- Tinha uma moça lá, depois chegou um homem.
- Aham...
- Lari, aquele cara ele...
- Ele? - Me incentivou.
- É o pai do Rafael.
- É o que, Amanda? - Ela se engasgou com a água que tomava. - Você vai ser vizinha do pai do seu filho e eles não vão se conhecer?
- Eu não disse que eles não iriam se conhecer. Eu só não sei o dia que isso vai acontecer.
- Você tem que contar pra ele!
- Eu ainda sinto mágoa, Larissa, poxa! Eu já te contei a história, como tudo aconteceu. Ele me tratou igual um lixo, como se eu fosse uma galinha que só estava usando ele pra engravidar e dá o golpe. Você sabe que eu não sou assim e não gosto que pensem coisas de mim, que não é verdade.
- É claro que eu sei, amiga. Nunca que você faria isso com ninguém, eu também sei que você gosta desse cara até hoje, dá pra ver nos seus olhos quando fala dele, quando olha pro Rafa. 
- É...Eu ainda gosto dele. Mas pretendo esquecê-lo. - Me levantei e fui até a cozinha.
- Eu não consegui ver ele direito. Então ele é o cantor famoso? Tinha muito tempo que eu não voltava pro Brasil.
- É sim! Ele é famoso à bastante tempo por aqui, mas já deve ter uns quinze anos que você foi pros Estados Unidos, não é?
- É sim, ou mais. - Ela riu. - Assim eu vou revelar a minha idade, poxa! - Revirei os olhos. - Você acha que ele vai te procurar?
- Eu não sei. Só sei que não tô preparada pra encarar ele agora! 

Luan Narrando : 

Fiquei sem saber o que fazer quando sai de casa e vi ela ali na minha frente. Amanda.
Então não era um sonho, ou uma visão no dia que eu a vi chegando. Era só o que eu pensava. 
Depois que ela saiu dali, foi preciso me acordar para eu sair do transe.
Iria almoçar com a Jéssica e fui o caminho inteiro calado.
Me toquei que Amanda estava com uma criança e comecei a pensar em várias coisas. Se ela tinha ido embora grávida mesmo, se ela engravidou depois. Eu tinha várias dúvidas e só queria esclarecer todas. 
Mas a única dúvida que eu não tive foi que o meu sentimento por ela nunca tinha acabado, e depois que eu a via tão perto de mim, ele voltou com toda força.
O nosso almoço foi em silêncio também, mas na sobremesa Jéssica percebeu.
- Me fala por quê você tá assim?
- É impressão sua...
- Luan, eu não sou trouxa! - Ela bufou. - Ficou assim depois que....Espera! Aquela menina, agora eu sei dá onde conheço aquela moça. É a moça da foto que estava no seu quarto. - Olhei para ela assustado.
- O que?
- Eu já disse que não sou trouxa. Fala a verdade, ela que é seu antigo amor, não é?
- Jéssica, você tá blefando.
- Eu não tô! Ela também ficou sem jeito quando ouviu sua voz e saiu quase correndo. Me fala a verdade!
- Eu já disse que você tá fantasiando as coisas.
- Você que tá me chamando de burra na cara. Quer saber? Quando quiser jogar limpo comigo, me procura.- Ela se levantou com raiva e entrou no primeiro táxi que viu.
Ela era boa de memória, ou melhor, era ciumenta demais, por isso lembrou do rosto da Amanada.
Depois de quatro dias a Jéssica ainda não falava comigo, por mais que eu ligasse ou mandasse mensagem. Ela era turrona.
Liguei pra ela até depois do almoço e desisti. Se ela não queria falar comigo, eu não insistiria mais. Já tinha insistido por quatro dias.
Dormi o dia todo e no final da tarde acordei para tomar banho. Eu teria um evento pra ir, minha irmã também iria comigo. Saímos de casa ás oito da noite, quando minha assessora, meu secretário e meu segurança chegaram.
Depois de tirar muitas fotos, finalmente consegui me sentar. Era a festa de aniversário de uma marca de roupas que eu estava fazendo propaganda.
Depois de alguns minutos, outro tumulto se forçou na entrada e depois de muito custo consegui ver de quem tanto tiravam fotos.
Esfreguei os olhos incrédulos.
- Amanda... - Sussurrei, mas pareceu que todos da mesa escutaram, porque olharam para mesma direção que eu.
Naquela hora eu tomei uma decisão. Eu iria falar com ela e ela iria me explicar o que tinha acontecido naqueles anos.
Nem que eu levasse a noite toda para isso.



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Será que agora finalmente sai essa conversa ou pelo menos parte dela? Kkk
Espero que siiim!
O que vocês acham que o Luan deve fazer? Ir atrás dela para conversar mesmo?
E a Amanda? Será que ainda guarda mágoa? O que fariam no lugar dela.
Aguardem o próximo capítulo. Beijos!!

Capítulo 34 - Reencontro






Uma semana havia se passado e finalmente eu me mudaria para minha casa nova.
Já não aguentava mais viver em hotel.
- Mamãe! - Fui acordada com um peso nas costas.
- Bom dia, meu pinguinho de gente! - Ri e me virei, o abraçando.
- Aí! - Ele reclamava.
- O que foi, gordinho? Você já papou? - Ele negou, bocejando. - Vamos comer e depois vamos pra casa nova. - Bati palmas animada e ele, sem entender direito, também me acompanhou rindo.
Ele tinha o meu jeito, o formato do meu rosto, mas o cabelo, a cor da pele, os dedos, a boca, o nariz e os olhos, eram todos do Luan. 
Confesso que era difícil olhar para o meu filho todos os dias e lembrar do pai dele, lembrar que meu sentimento não tinha mudado um por cento por ele, tudo continuava igual no meu coração, sempre continuou.
Nunca consegui ter nada sério com nenhum outro homem, depois dele. Confesso que até tentei, assim que o Rafael fez um ano. Mas o cara não gostava de crianças, era ciumento e a vida dele era balada. Folgado e encostado. Não fazia o meu estilo, não combinava nem um pouco comigo.
Eu fiquei com ele por alguns meses por me tratar muito bem e por gostar dos seus carinhos, ele era brasileiro também, mas foi só isso. Não consegui dar continuidade.
- Bom dia, dona Amanda!
- Bom dia, Neyde! - Sorri para ela. - Senta com a gente pra tomar café.
- Eu já tomei, antes do Rafa acordar.
- Toma de novo, mulher! - Ela riu e se sentou do meu lado.
Rafael se lambuzava inteiro com o seu danoni favorito, cheio de granola. Ele tinha os meus gostos também.
Era comilão, como eu, mas eu me controlava por saber que eu engordaria, ele era só uma criança e eu deixava mesmo comer tudo o que ele queria, por isso sempre foi tão gordinho, das bochechas fofas, que todo mundo que via queria apertar.
Fomos eu, Rafa, Neyde, sua babá. Minha secretária, assessora, amiga, irmã, minha tudo, Larissa e meu motorista, para a casa nova. Éramos praticamente inseparáveis, vivíamos juntos.
- Quando o Dani vem, Lari? - Perguntei, dentro do carro.
Daniel que faltava para completar o grupo. Além de personal, era também meu amigo e quem me animava nos dias tristes com suas palhaças, era lindo, mas homossexual.
Ele tinha ficado nos Estados Unidos, resolvendo as coisas que faltavam para se mudar de vez para o Brasil conosco.
- Semana que vem ele está aqui.
- Ainda falta muito...Quero começar logo minha academia e se eu começar sem ele, me mata! - Larissa riu.
A casa que eu tinha comprado era tão linda, que dava vontade de ficar olhando do lado de fora só.
- Que casa linda, Amanda! Melhor que o apartamento de lá! - Larissa disse e eu ri.
- Bem melhor! Não suportava mais morar em apartamento, eu sempre morei em quitinete e meu sonho era morar em casa.
- Quero ver por dentro.
- Rafael, não atravessa! - Gritei, assim que vi o meu filho prestes a atravessar a rua.
Sempre foi uma criança arteira e elétrica, que ficava de castigo por muitas vezes.
Neyde foi atrás dele, que caiu, assim que chegou na outra calçada e como sempre, começou a chorar alto.
Sabia que estava desobedecendo e sempre dava um jeito de inverter a situação.
Fui até eles e vi que uma moça, que estava ali, já tinha levantado meu filho do chão.
- Mamãe! - Ele me chamava.
- O que eu te disse? - Falei brava e o choro dele aumentou, mas parou assim que viu um cachorro branquinho indo na nossa direção. - Obrigada! - Agradeci a moça.
- De nada... - Ela me olhava estranho. - Jéssica! - Ela sorriu e eu retribuí.
- Amanda!
- Amor, pega o puff aí e coloca pra dentro pra gente ir... - Ouvi aquela voz tão conhecida e paralisei.
Fiquei sem saber o que fazer, sem saber pra onde correr. Eu não estava acreditando que ele estava ali do meu lado, depois de mais de três anos eu o veria de novo?
Ele tinha parado de falar e eu sentia que me observava, mas o medo de levantar a cabeça e encará-lo era maior que qualquer coisa. Eu ainda olhava para o meu filho, sem saber o que fazer.






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Reencontrooo! Quem está ansiosa? o//// kk
Comenteeem pra saberem logo o que vai rolar.
Beijoos!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Capítulo 33 - Vida nova







Amanda Narrando :



- Dona Amanda, já são quatro horas. A senhora pediu pra eu avisar, assim que desse á hora para irmos ver a casa nova.
- Ah, claro, Junior! Eu já vou. - Sorri para ele.
Terminei de me arrumar e fui junto com o meu motorista até a minha casa nova. Meu novo lar, aonde eu teria que recomeçar minha vida. Por enquanto, eu estava hospedada em um hotel á uma semana.
Foi muito difícil achar uma casa boa em São Paulo.
Assim que cheguei na entrada daquele condomínio, as lembranças do último dia que estive ali, vieram à tona.
Quando cheguei na minha casa, dentro do carro mesmo, reconheci a casa da frente e xinguei o destino.
Eu sabia que moraria no mesmo condomínio que o dele, mas como ali era enorme, eu não liguei. Mas não, como se já não bastasse, eu seria vizinha dele. 
Desci do carro, sem nem olhar para trás, principalmente quando ouvi vozes. Eu não podia olhar para trás e não olhei.
Cheguei no hotel e fui até o restaurante comer alguma coisa.
- Até que enfim te achei, Amanda! - Revirei os olhos.
- Larissa e seu drama!
- É sério, Amanda! Eu tenho uma ótima notícia pra você. - Ela se sentou do outro lado da mesa. - Aonde estava?
- Como, aonde? Fui ver a minha casa nova, não se lembra?
- Ah! E como foi lá?
- Foi ótimo! A casa é linda. - Sorri, antes de beber meu suco.
- Tem certeza? Essa sua carinha...
- Está a mesma de sempre. - Lhe interrompi.
- Tá bom! - Ela levantou os braços se rendendo, me fazendo ri.
- Mas me conta as novidades.
- A empresa fechou contrato com a maior emissora desse país.
- Que ótimo! - Me animei com ela.
- Maravilhoso! E já estamos fechando negócio com várias marcas famosas.
- Nossa...Isso é ótimo, Lari! É isso que eu quero, que a empresa evolua em todos os países.
- E você vai conseguir...
- Nós vamos! Com você de assessora, tudo anda.
- Quem vê assim parece que é fofa o tempo todo comigo! 
- Besta! - Ri e joguei uma uva nela.- E cadê meu pinguinho de gente?
- Adivinha! Tá no parquinho com a Neyde.
- Pra variar! - Rimos. - Vou aproveitar pra dormir um pouco. To morta de cansada!
- Vai lá...Aproveita, que a partir de semana que vem, você tá cheia de compromissos. - Assenti e me levantei.
Fui para o meu quarto, tomei um banho relaxante na banheira e me deitei na cama.
Rolei de um lado para o outro e não consegui dormir. 
Liguei a televisão e liguei o ar condicionado no mínimo.

2 anos antes...
Depois que saí da casa do Luan, me sentei em uma calçada e chorei. Desabei, na verdade. Eu não estava acreditando que tudo entre nós terminaria daquele jeito.
Me levantei da calçada, depois de alguns minutos, e ia atravessar a rua, quando ouvi a buzina de um carro e me assustei.
Uma senhora desceu do carro e foi até aonde eu estava.
- Está tudo bem, menina? - Assenti.
- Tem certeza? Você está chorando.
- Eu só tô ... - Não consegui terminar a frase.
- Vamos até a minha casa, eu te dou um pouco de água.
- Acho melhor não. - Disse com receio. Afinal, eu nunca tinha visto aquela mulher.
- Pode confiar em mim. - Suspirei e fui com ela até o seu carro.
A senhora era simpática e tentava me acalmar. Me deu um copo com água, assim que chegamos em frente a sua mansão.
- Quer me contar o que aconteceu?
- Acho melhor não...
- Tudo bem! Não precisa contar, então. - Ela sorriu materna e eu retribui. - Você parece perdida.
- Eu tô bastante mesmo. Eu só queria me mudar, sabe? De país quem sabe? Minha vida está de cabeça para baixo.
- Você trabalha?
- Trabalho. Eu moro no Rio de Janeiro, sou de lá.
- Olha...Eu gostei muito de você, menina. Minha filha está a procura de uma acompanhante pra mim, se quiser, aqui está o meu cartão. - Ela me deu um cartão com seu nome e seu telefone. - Você falou em mudar de país. Eu estou indo para os Estados Unidos em duas semanas. - A senhora simpática mandou seu motorista me levar até o aeroporto e me deu um dinheiro para a passagem de avião.
Dona Luísa, foi um anjo na minha vida, literalmente.
Dali em diante minha vida mudou de verdade. Eu pensei por uma semana na proposta dela e resolvi aceitar.
Pedi demissão do hotel, aonde até fizeram uma festa de despedida para mim e fui de mala e cuia para São Paulo. 
Trabalhei por lá com dona Luísa por duas semanas, e antes de embarcamos para o Estados Unidos, eu lhe contei que estava grávida e mais uma vez ela me apoiou.
Ela foi uma mãe pra mim, a mãe que eu não tinha do meu lado, ela fez esse papel.
Fomos para o Estados Unidos, em exatamente duas semanas e lá vivemos juntas por quase um ano.
Ela não me tratava com uma acompanhante, muito menos como empregada, me tratava como uma filha.
Ela tinha dois filhos, mas eram muito ricos, viviam cada um em país e nem iam visitar a mãe. 
Ela viu o meu filho nascer, o tratava como um neto, mas quando ele completou dois meses de vida, dona Luísa faleceu.
Eu senti tanto aquela perda, como se fosse a minha mãe que tivesse partido de novo.
Fiquei pra sempre com as falas que ela disse pra mim, minutos antes de ir.
" Eu acho que minha missão foi cumprida e agora eu posso ir. Você é muito especial, Amanda!"
Aí veio a surpresa, dona Luísa havia deixado toda sua herança pra mim, exatamente tudo, até suas empresas.
Uma ficava ali mesmo, outra em Boston, na Austrália e estavam para abrir uma no Brasil.
No começo, sua filha mais velha e seu filho mais novo não ficaram nem um pouco satisfeitos, até brigaram comigo na justiça e eu entendia eles. Se eu achei estranho, imagina pra família.
Mas no final deu tudo certo e o juíz decidiu que o bem principal, a empresa, ficaria comigo.
Dali pra frente comecei a administrar aquela empresa com todo esforço do mundo, assim como ela me falava que fazia.
Consegui abrir uma filial no Brasil, o mais rápido que pude e os lucros só aumentavam.
Meu filho foi crescendo, até eu decidi que voltaria para o Brasil e seria a responsável da empresa pelo país, já que em cada país tinha um representante.


Sorri me lembrando da dona Luísa. Ela com certeza seria uma das poucas, que eu nunca vou esquecer na vida. Não só por dinheiro, mas pelo carinho, amor e compreensão que ela teve comigo no momento mais difícil da minha vida.



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Ooi, quem aí gostou dessa "nova" Amanda?
Esse capítulo foi pra contar o que aconteceu com ela nesses anos.
Gostaram? Quis sair do clichê e fazer algo diferente!
Até o próximo. Beijos!!


Capítulo 32 - Um novo começo




( 3 anos e 8 meses depois)

Acordei com alguém batendo na minha porta. Olhei no relógio e vi que estava atrasado mais uma vez para o show. Bufei antes de me levantar.
Estava conversando com o pessoal da minha produção, assim que cheguei no camarim e paralisei quando a primeira fã entrou e só acordei quando ela falou que me amava.
Era muito parecida com a Amanda, que depois da nossa briga eu nunca mais a vi.
Fiquei meses sem lhe procurar, mas depois de quase um ano decidi ir atrás dela. Meu objetivo não era uma reconciliação, eu não pretendia voltar com ela, mas ainda queria saber como estava e sobre a sua suposta gravidez. 
Fui até sua casa, mas alguns vizinhos me disseram que ela tinha mudado a mais de meses.
Resolvi tocar minha vida e tentar esquecê-la. 
Não preciso nem dizer que todo mundo me deu a maior força, não é? Mas o sentimento sempre falou miais alto e ás vezes eu até sonhava com ela, com nós dois juntos.
No outro dia, cheguei em casa quase de noite e fui recebido com um abraço apertado de todos.
Tomei um banho e fui participar do churrasco que minha família fazia.
Logo começou a chegar alguns amigos meus e por último, Jéssica.
- Que saudade, amor! - Ela me abraçou forte e eu sorri.
- Saudade também. Disse que viajaria comigo semana passada mas não apareceu. - Ri.
- Não deu...A faculdade está me consumindo. - Ela fez drama.
Jéssica era uma garota legal, que eu conheci em um show que fiz no interior de SP. Fazia faculdade de publicidade e foi muito difícil de conquistá-la. Depois de três encontros, só conversando, que eu consegui somente um beijo.
Minha família tinha gostado bastante dela, a família dela também tinha gostado de mim. Era tudo muito recente, fazia três meses que estávamos juntos de verdade, eu ainda me acostumava, mas estava gostando.
Era uma garota carinhosa comigo e meiga, só era muito ciumenta.
Não vou dizer que um dia eu a amei, porque estaria mentindo. Eu sentia um carinho imenso por ela e só. Mas gostava da sua companhia.
Naquele dia ficamos até tarde no churrasco e fomos dormir quase de manhã.
Acordamos no outro dia e ficamos conversando na cama, o dia estava um pouco frio.
- Sabe qual é o meu sonho? - Ela me dizia.
- Não...
- Me casar. É tudo que eu quero! - Paralisei.
Ela sempre me jogava esse tipo de indireta, na verdade, não só ela mas como a família dela também. Com poucos meses de namoro já me cobravam casamento, principalmente seu pai que era um gaúcho muito bravo e ficava insatisfeito com as idas dela até a minha casa, com ela viajando comigo.
- Eu também sonho em me casar, mas não agora.
- E eu quero que seja com você! - Ela me olhou sorrindo. - Você não quer?
- Claro que sim. Mas ainda estamos tão novos, amor. Vamos pensar nisso mais pra frente, acabamos de começar um namoro sério. - Ela suspirou triste.
- É...tem razão!
- Não fica triste! - Lhe puxei para um abraço.
- Não, eu entendo! - Chamei ela pra tomar um banho comigo, mas ela recusou. 
Eu sabia que sempre ficava um pouco triste com as minhas escapadas do assunto.
Fui tomar meu banho sozinho mesmo e assim que voltei para o quarto, ela estava com um papel na mão.
- Quem é? - Ela virou o papel para que eu visse.
- Deixa isso aí! Aonde achou? - Peguei da sua mão, irritado, depois que vi que não era um simples papel e sim uma foto.
- Nossa!  Desculpa, não achei que fosse te irritar tanto. - Suspirei.
- Me deusculpa!
- Quem era? - Fiquei em silêncio. Ela tinha pegado uma foto da Amanda.
Eu tinha tirado uma foto dela, na viagem em que fizemos, e tinha mandado o Rober imprimir. 
Ficava escondida nas minhas coisas pra ninguém ver.
- Se importa se eu não falar sobre isso?
- É uma paixão antiga, não é? Tudo bem, me desculpa. Estava no chão do closet.
- Não...Tudo bem!É só uma pessoa que eu quero esquecer. Essa foto deve ter ficado aí e eu nem vi.-Fui até o closet e guardei de novo a foto.
Era sempre assim, eu queria tirar a Amanda da minha cabeça, mas não conseguia jogar aquela foto fora.b
Tomamos um café da manhã com a minha família e ficamos assistindo TV, com a minha irmã até a hora do almoço.
Depois eu teria uma gravação de um programa e o resto da minha semana estaria livre.
Me arrumei, junto com Jéssica e não demorou muito para que a minha equipe chegasse.
- Tão se mudando pra cá? - Falei, olhando um caminhão de mudanças na casa de frente para a minha, assim que chegamos do lado de fora, aonde a van nos esperava.
- Parece que sim! - Rober respondeu.
- Ah, meu celular! Esqueci no seu quarto. - Jéssica disse.
- Vai lá buscar rapidinho. - Falei e ela saiu correndo.
Enquanto esperávamos ela voltar, um carro luxuoso parou logo atrás do caminhão, um Maybach preto.
- Esse carro que eu quero comprar! - Meu secretário falou, nos fazendo ri.
Eu ainda ria dele quando parei, assim que vi o motorista abrindo a porta de trás do carro e de lá, saindo uma mulher linda. Completamente linda e bem vestida.
Ela parou em frente a casa, analisando tudo e quando tirou o óculos, me assustei.
Ela estava diferente, com o cabelo bem preso, com roupas diferentes, bem maquiada, mas tinha quase certeza de que aquela era a Amanda. A minha Amanda. Eu só podia estar delirando.
Acordei dos meus pensamentos com a Arleyde dizendo que estávamos atrasados. 
Me puxaram e quando eu vi, já estava dentro da van, tentando olhar através do vidro, enquanto ela entrava na enorme casa. 
A van deu partida e com poucos segundos eu não podia mais vê-la. 
Eu ainda pensava se aquilo só podia ser delírio meu. Amanda de volta, minha vizinha e aparentemente rica?
Não. Só podia ser coisa da minha cabeça mesmo, como a fã que entrou no camarim. Era isso.





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Se assustaram com a passagem de tempo? Rs
Parece que mudou algumas coisas, como o status do Luan e acho que dessa vez não é de mentira.
Será que era a Amanda mesmo ou o sentimento do Luan vem falando mais alto e ele está vendo coisas? Parece que isso foi uma das coisas que não mudou, pelo contrário.
Comentem pra saberem.
Até a próximaaaa

domingo, 25 de outubro de 2015

Capítulo 31 - O fim de quase um começo





Luan Narrando : 


Tinha acabado de chegar em casa, depois de uma semana intensa de shows.
- Luan? - Escutei a voz da Arleyde do outro lado da porta, depois de uma batida na mesma.
- Oi...Pode entrar. Eu tenho alguma coisa pra essa semana?
- Não, você tá com essa semana livre mesmo. Eu só vim conversar uma coisa com você.
- O que é? - Me sentei na cama e ela ficou na minha frente.
- Você já sabe o que aconteceu com a sua Amanda, que você tanto confia? 
- Não. O que? 
- Ela tá grávida, Luan.
- O que? - Me levantei.
- É isso mesmo. Eu te avisei tanto e foi exatamente o que ela fez. Exatamente o que eu esperava. Eu
te falei que conhecia esse tipo de garota.
- Ela não tá grávida, se tivesse eu já saberia... - Passei as mãos pelos cabelos.
- Ela está e eu te provo. - Ela mexeu na bolsa, tirou de lá um papel e me deu.
- O que é isso? 
- Leia você mesmo, é um exame. - Comecei a ler e quando cheguei na parte "Positivo", não acreditei.
- Não é possível... - Sussurrei. - Isso não é dela. - Voltei a olhar para minha assessora.
- É dela sim! Pode conferir o nome, documentos, pode ir no hospital.
- Eu não acredito! Como conseguiu isso?
- Um amigo dela encontrou isso nas coisas dela, voltou lá, tirou uma cópia e me procurou.
- Amigo?
- Acho que...Kauê. Se eu não me engano.
- O que aquele babaca estava fazendo na casa da Amanda?
- Tá vendo, Luan, além de tudo, ela ainda deve te trair.
- Ela não faria isso comigo. - Voltei a me sentar na cama incrédulo. - Ela não é assim.
- Ela é assim! Se não acredita, chama ela aqui e pergunta. - Olhei-a. - Faz assim, esfria a cabeça e amanhã manda alguém buscar ela no Rio e pergunta olhando nos olhos dela, se ela está ou não grávida. Ela está te escondendo isso, Luan, pra dar o bote na hora certa. - Arleyde saiu dali me deixando atordoado.
Eu esperaria algo do tipo de quase todas as mulheres, menos da Amanda.
Aquele dia eu posso dizer que chorei por uma mulher, chorei pensando que aquilo tudo poderia ser verdade.
Acordei no outro dia disposto a fazer o que Arleyde tinha pedido. 
Mandei uma mensagem para Amanda e pedi que fosse para São Paulo com urgência, que meu jatinho lhe pegaria no aeroporto ás duas horas da tarde. Minutos depois ela me mandou outra mensagem falando que seu chefe tinha a liberado. 
Meu segurança mesmo foi pegar ela no aeroporto e não demorou muito para o porteiro anunciar sua entrada.
Meus pais e minha assessora saíram da sala, eram os únicos que estavam em casa. Mesmo eu querendo ficar sozinho com ela.
- Oi... - Abri a porta e ela sorria. - Tá tudo bem? - Ele desfez o sorriso, assim que viu minha expressão.
- Tá...Entra aí. - Dei espaço e ela me olhou sem jeito.
- Seus pais?
- Não estão. - Menti. 
- E se eles chegarem?
- Eles viajaram, Amanda. Entra vai! - Ela me olhou desconfiada, antes de entrar. 
- O que foi? Tá com uma cara estranha...
- Eu quero te fazer só uma pergunta.
- Me chamou aqui só pra me fazer uma pergunta?
- É importante!
- Pode falar.
- Você tá esperando um filho meu, Amanda? - Ela ficou calada por longos segundos.
Seus olhos estavam surpresos. - Fala! - Me irritei e ela se assustou.
- Eu...Tô é...
- E por quê me escondeu isso?
 - Como você ficou sabendo disso?
- Não interessa! Caramba, Amanda. Um filho? E ainda me escondeu.
- Calma! Eu descobri faz dois dias.
- Tava esperando o que pra me contar? Nascer? Pra chegar de surpresa e jogar essa bomba pra todo mundo?
- Espera aí, Luan. Eu não sou assim e você sabe. Espera...Você não está achando que eu engravidei de propósito, está?
- Eu achava que te conhecia, Amanda! Você tá esperando um filho meu, tem noção disso?
- Eu tenho sim! Eu sei que errei, nós erramos. A culpa não foi só minha. - Ela já chorava.
- E eu ainda acreditei em você...
- Você tá me escutando? Eu não te dei golpe nenhum, eu não sou essas mulheres que você está acostumado. Eu não quero nem um centavo seu.
- Eu tava te amando de verdade, confiando em você mais em que meus amigos.
- E eu? Eu também confiava em você, achava que não era preconceituoso e nem tinha vergonha de mim, mas também me enganei. No primeiro erro que acontece você fala que a culpa é só minha, joga tudo nas minhas costas! Você não é o homem que eu pensava.
- E você não é a mulher de caráter que eu pensava...
- Pode ter certeza que eu tenho mais caráter que você e muita gente que você convive.
- Eu deveria ter ouvido todo mundo...
- Eu também, quando me falavam que você só queria curtir comigo. - Nós ficamos em silêncio, nos olhando enquanto as nossas lágrimas desciam, até aquele momento ser interrompido pela minha assessora entrando na sala.
- Conseguiu o que queria, não é, menina?
- Eu não consegui nada! - Amanda riu e limpou as lágrimas. - Quer saber? Você é maluca!
Fica aí, Luan, sendo o boneco pau mandado dessa louca. Não é homem o suficiente nem pra dar uma palavra sobre sua vida, sem a permissão dela. Fica nesse seu mundinho perfeito, que eu vou voltar pra minha vida real! Sem você, sem um centavo da sua conta bancária. Eu não preciso disso!
- Pode parar com a pose de boa moça... - Minha assessora continuava provocando.
- Eu já disse que não preciso de nada disso!
- Vai embora, Amanda. Eu não te quero mais na minha vida! - Falei baixo.
- É isso mesmo que eu vou fazer, Luan.Vou embora da sua vida e vai ser pra sempre! - Ela saiu da minha casa correndo e eu só ouvi a porta batendo, antes de desabar.
Meus pais apareceram, tinha ouvido tudo. 
Minha mãe tentava me acalmar, mas naquela hora, eu só queria ficar sozinho.
Tinha acontecido a maior decepção da minha vida.



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Agoras as coisas saíram do controle de verdade.
Luan se deixou levar pelas coisas que colocaram na cabeça dele e a Amanda deu mole de não ter contado logo da gravidez, mas eu entendo o medo dela. Ninguém está do lado deles.
A partir daqui vai começar uma "nova fase" da fanfic. Muito melhor, diga-se de passagem. Rs
Como vocês acham que a Amanda vai se virar? Muitaaas coisas acontecerão.
Beijos e aguardem os próximos capítulos! ;)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Capítulo 30 - Resultado




Amanda Narrando : 


13 de março. A data que eu nunca vou esquecer.
Não só porque é o aniversário do homem da minha vida, mas também porque descobri uma das coisas mais importantes da minha vida, que virou tudo de cabeça para baixo. Que deu uma
reviravolta que eu nunca pensei que daria na minha vida.
- Você tá bem, Amanda? - Cris me segurou.
Eu varria a recepção do hotel, quando fiquei muito tonta e já ia caindo no chão.
Ela me colocou sentada em uma das poltronas.
- Tô um pouco tonta. - Ouvi ela pedir água á alguém, mas nem vi quem era.
Minha cabeça rodava muito.
- Acho melhor você levar ela a um hospital. - Escutei, enquanto bebia a água.
Logo reconheci a voz do meu chefe.
- Eu também acho! Vamos lá trocar de roupa, Amanda.
- Não precisa, gente. Não é nada!
- Como, não é nada? Você quase desmaiou. Vamos lá sim. - Me dei por vencida e ela me ajudou a levantar.
Chegamos em um hospital perto do hotel, que por sorte estava bem vazio. Fui a segunda a ser atendida.
O médico me passou um exame de sangue  eu fiz ali na hora.
- Vai demorar pra sair o resultado? - Perguntei.
- Geralmente leva uma semana, mas vou pedir urgência pra você e amanhã mesmo pode vir pegar. - Sorri, como forma de agradecimento;.
- Amanhã eu venho com você, então. - Cris falava, enquanto saíamos do hospital.
- Não precisa...
- Eu venho, Amanda! 
- Eu te agradeço demais, mas não precisas mesmo!
- Tudo bem! - Ela suspirou.
No outro dia fui bem cedinho buscar o exame, mas dessa vez o hospital estava lotado e eu tive que esperar mais de uma hora para me entregarem aquele resultado e mais meia hora pra entrar no consultório do médico.
- Você está ótima!
- Graças a Deus...
- Só tem um bebezinho aí dentro.
- O que? 
- É isso mesmo, Amanda. Você vai ser mãe! - Naquela hora, minha respiração parou.
Meu mundo todo parecia ter caído. Sim, a última coisa que eu queria naquele momento era ser mãe.
Eu esperava acontecer tudo na ordem certa na minha vida, namoro, casamento e depois filho.
Eu sempre tive tantos planos, que constituía minha vida certinho, e de repente tudo dá uma reviravolta.
Saí daquele hospital desnorteada. Eu me sentia perdida e pela primeira vez sozinha.
Eu só queria minha mãe para me aconselhar e me apoiar. 
Eu tive vergonha de contar pra Cris e tinha medo de falar para o Luan.
Luan. O que ele pensaria? A última coisa que ele também queria no momento era ser pai.
Eu estava completamente perdida. De verdade.
Trabalhei aquele dia voando, não prestava a atenção em nada. Sorte que era dia de folga da Cristina, se não ela iria me encher de perguntas.
Mas mesmo assim eu não escapei disso. No outro dia bem cedo, ela bateu na minha porta perguntando o resultado do exame. 
- Fala, Amanda! O que você tem? É grave? Ficou muda do nada.
- Não é nada grave, Cris. - Forcei um riso. - É só uma virose. O médico mesmo disse pra eu não me preocupar.
- E não te passou nem um repouso? 
- Só um remédio. Ele falou que está bem no começo e eu já tô ótima, por sinal.
- Então tá. Qualquer coisa, sabe que pode contar sempre comigo. - Ela me olhava desconfiada. 
Mas eu não queria falar nada.
- Obrigada. De verdade, por tudo! - Sorri e ela foi embora.
Terminei de tomar meu café da manhã e fui para o hotel. Eu tinha que continuar com a minha rotina.
Assim que voltei para casa no final da tarde, tomei um susto com a minha porta aberta. Até pensei ser um ladrão mas resolvi entrar do mesmo jeito.
- Kauê? - Ele estava com um papel na mão.
- Amanda, eu não acredito que você tá grávida daquele cara. - Ele me olhava indignado.
Arregalei os olhos.
- Você não tem o direito de mexer nas minhas coisas. Como entrou aqui? Sai, agora!
- Isso não vai ficar assim! - Ela saiu dali com raiva.
Ótimo, a primeira pessoa que sabia da minha gravidez e não iria demorar muito para todo mundo saber.
 Eu só queria um jeito bom de contar isso para o Luan.


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Eu disse que as coisas esquentariam! O que vocês acham que o Kauê vai fazer com essa informação?
E como será que o Luan vai reagir? :x Aguardeeeem!





Capitulo 29 - Ela não faria isso comigo.







- É claro que eu perdoo! Agora levanta daí, vai. - Sorri e ele se levantou, me abraçando forte.
- Promete não me deixar mais? 
- Só saio da sua vida quando você quiser.
- Então nunca vai sair! - Ele riu e me puxou para um beijo de tirar o fôlego.
Eu sabia que talvez até poderia estar sendo boba mais uma vez, mas eu não conseguia resistir a ele e ao meu coração, que pedia para ser completado pelo dele, meu corpo, que implorava pelo dele.
Quando vi, já sentia à beirada da cama batendo atrás dos meus joelhos.
Ele me deitou ali com carinho e se ajoelhou em cima de mim, com uma perna de cada lado, para tirar a camisa que ele vestia.
Voltou a me beijar, quando isso foi feito e parou o beijo com mordidas nos meus lábios.
Ele beijava meu pescoço com um fogo sem igual e começou a beijar também meus ombros, enquanto abaixava as alcinhas da blusa que eu vestia.
Tirou meu sutiã, logo em seguida, e seguiu uma trilha de beijos sobre os meus seios, me causando um arrepio sem igual.
Aproveitei para abrir sua calça e ele me ajudou a retirá-la. Eu passava minhas unhas por sua barriga, enquanto suas mãos passeavam por todo o meu corpo, me excitando.
Ele me deu prazer com a sua boca por todo o meu corpo e eu retribuí, assim que nos virei na cama.
Era a primeira vez que fazíamos algo mais íntimo na cama.
Assim que nos demos por satisfeitos, ele encerrou aquele momento me beijando com carinho e logo depois, deitou a cabeça em meus seios.
- Cansei! - Ele riu e eu o acompanhei. - Que calor aqui, em amor. Como aguenta? - Ele levantou a cabeça para me olhar.
- Já me acostumei! - Ele fez careta e voltou a deitar sua cabeça nos meus seios.
- Eu tô pingando já...
- Vai tomar um banho, enquanto eu preparo alguma coisa pra gente comer.
- Não. Quero ficar aqui, tá macio! - Ri, batendo em seu braço.
- Bobo!
- (risos) Tô com preguiça, depois eu tomo. Vamos dormir um pouquinho agora.
- Preguiçoso!
- Muito! Tô com sono mesmo. - Ele bocejou e pegou uma das minhas mãos, colocando-a em seu cabelo. - Faz um cafuné aí...
- Folgado!
- Só um pouquinho! - Fiz o que ele pediu e não demorou muito para eu sentir seu corpo mais pesado por cima do meu e sua respiração mais forte. Ele tinha dormido rápido.
Peguei no sono também e acordei com ele se vestindo para ir embora.
Infelizmente ele teria que ir cumprir seus compromissos e eu teria que me acostumar.


Luan Narrando : 


Cheguei em São Paulo feliz. Só feliz não, mais leve também. Ninguém tinha ideia do quanto a Amanda me fazia bem.
Na verdade, eu nem fui para casa, fiquei no aeroporto mesmo. Eu teria que ir para Curitiba para um show no comecinho da noite e já estava atrasado.
Parte da minha equipe já me esperava por lá e eu ouvi um monte do Rober, até chegar na cidade, por estar bastante atrasado.
Me arrumei rapidinho no hotel e fomos correndo para o local do show.
Terminou tudo ás oito horas da noite, bem cedo, e nós voltamos para o hotel. Na verdade, só eu.
O resto da equipe quis ficar, já que era um festival com onze cantores famosos participando e eu fui o quarto daquele dia.
Ouvi batidas na minha porta, assim que saí do banho e fui atender.
- Arleyde...
- Tá sozinho?
- Claro! Pode entrar. - Ela entrou e eu fui secar meu cabelo, em frente ao espelho. - Aconteceu alguma coisa?
- Não sei, me diz você.
- Hã? 
- Fez uma encomenda de 60 buquês de flores pra quem?
- Tá espionando até as coisas que eu compro?
- Não muda o foco da conversa!
- Eu comprei pra Amanda. E para de ficar me controlando, eu sei o que faço.
- Será que sabe mesmo? Pensa bem Luan. Essa menina ficou rápido demais com você. Uma menina pobre, você, um cantor famoso. Eu conheço esse tipinho. Toma cuidado!
- Eu já disse que você nem ninguém, conhece ela pra dizer isso!
- Eu só quero o seu bem! Para e pensa!
- E se ela tivesse comigo por interesse? O quê uma garota a igual ela faria comigo? Não tem sentido!
- Você que acha! Ou vai me dizer que nunca tiveram relações?
- O que isso tem a ver?
- Ela pode engravidar. - Parei o que fazia.- Pensa bem.Você assim, caidinho por ela. Se cuida! - Ela saiu dali e eu me joguei na cama suspirando.
Não, a Amanda não faria isso comigo. A última mulher do mundo que faria isso comigo era ela.
Era tudo o que eu pensava. Eu não podia e nem queria deixar a Arleyde nem ninguém, colocar besteiras na minha cabeça. Eu não podia.





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Eu acho que tem gente enchendo a cabeça de besteiras. 
Luan, não cai nessa jogada! :/
O que vocês acham que vai acontecer? Bjos e até o próximo!