segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Capítulo 16 - Ela se foi





Eu já tinha voltado a minha rotina de shows, tinha duas semanas que eu não via a Amanda mas falava  com ela por celular todos os dias, sem falta.
Depois daquele dia que eu lhe confessei que estava apaixonado ela apenas deu um risinho tímido do outro lado da linha, mas eu tinha certeza que ela estava sentindo o mesmo que eu.
Estava em São Gonçalo, Rio de Janeiro, quando recebi a ligação dela. Tinha acabado de chegar no hotel, ainda eram onze horas da noite, cedo comparado as horas que outros shows acabavam.
Estranhei, ela sempre dormia bem cedo e não costumava me ligar depois das dez.
- Amanda? O que aconteceu?
- Luan...- Ela chorava como da primeira vez que tinha me ligado.
- Respira e fala.
- Minha mãe...Acabou de falecer, Luan. Eu não sei o que eu faço. - Fiquei sem saber o que falar.
- Calma...Eu tô indo aí. Não sai daí!
- Aonde você tá?
- Tô pertinho. Me espera! Aonde você tá?
- Em casa.
- Então me espera aí, que assim que eu chegar te ajudo a resolver tudo.
- Tá bom! Obrigada por tudo. - Ela desligou ainda chorando.
Liguei para o Rober que depois de quase vinte minutos foi até o meu quarto.
- Aonde você tava? Por que demorou tanto?
- Eu tava jantando, Luan. O que você quer?
- Eu preciso ir pra capital agora.
- Capital? Essa hora da noite?
- É, Rober. Fala lá com o Well e o motorista da van.
- Luan, olha a hora. Seja lá o que for, vamos amanhã de manhã.
- Eu quero ir agora. Vai lá, Rober!
- Luan...
- Por favor! - Ele suspirou e saiu dali.
Sorte que minha assessora não estava viajando comigo, certeza que ela empacaria tudo.
Chegamos no Rio em menos de uma hora e eu indiquei o caminho da casa da Amanda.
- Eu vou sozinho. Daqui a pouco te ligo pra você fazer um negócio pra mim.
- Tem certeza?
- Tenho! Me esperem aqui! - Ele assentiu e eu sai rápido dali, subi as escadas correndo.
A porta estava meio aberta e eu já ia entrar, mas parei assim que ouvi uma voz desconhecida.
- Eu vou te dar duas semanas de folga, está bem?
- Tem certeza que isso não vai te prejudicar, Pedro?
- Claro! Forças, viu? Cristina disse que depois vem te ver. Hoje é dia dela no hotel.
- Obrigada por tudo! - Ouvi passos e me escondi atrás de um vaso enorme de flores, que tinha ali.
Vi um homem sair dali, eu o conhecia, era o gerente do hotel.
Entrei, depois que me certifiquei de que ele tinha decido as escadas.
- Luan! - Ela correu pra me abraçar, assim que me viu.
Naquela hora eu só via uma menina indefesa, que era forte, mas naquele momento estava perdendo as forças e procurando alguém para se apoiar.
- Ei, vai ficar tudo bem! - Puxei ela para quê sentássemos no sofá.
- Não, não vai! Eu perdi meu pai, agora minha mãe. Não tenho avós, não tenho tios, pelo menos que eu saiba. Eu fiquei sozinha. - Ela se separou de mim, limpando suas lágrimas e suspirou, encarando o chão. - Não sei o que vai ser de mim agora.
- Não fala isso, por favor! Você tem a mim, serve? - Ela voltou a me olhar.
- Até você enjoar de mim.
- É sério que você pensa isso de mim? Eu já cansei de te falar que gosto de você de verdade, eu não vou te abandonar! Eu vou te ajudar a passar por essa barra. - Lhe puxei mais uma vez para um abraço.
- O Pedro te viu?
- Não...Eu me escondi. Ele é o gerente do hotel, não é? - Ela assentiu. - Gosta bastante de você.
- Por quê diz isso? - Levantou a cabeça para me olhar.
- Ouvi ele dizendo que te daria duas semanas de folga.
- Ah, ele é gente boa. E me ajuda bastante. Só isso!
- Que bom que é só isso! E você não precisa mais da ajuda dele, eu vou te ajudar em tudo que precisar!
 - O que foi?
- Nada, só não gosto de nenhum homem, além de mim, claro, muito perto de você.
- Luan, não é uma boa hora pra falarmos disso.
- Tem razão! Eu vou pedir pro meu secretário pra arrumar tudo pro enterro, está bem? - Ela assentiu.
- Eu não quero velório, melhor ir direto para o cemitério. Eu nem sei se vou ter forças pra chegar até lá.
- Vai, porque eu estou com você! - O Rober conseguiu arrumar tudo pra mim e como o corpo só seria liberado de manhã, consegui fazer com que Amanda dormisse um pouco, depois de me contar como tudo tinha acontecido e chorado bastante.
Fomos para o cemitério de manhã, junto com Cristina.
- Luan, acho melhor você não ir, cara. - Rober falou.
- Eu também acho. - Amanda disse.
- Parem! Eu vou e está decido. Vai ser rápido! - No enterro não deu muita gente, como Amanda já tinha me dito, ela não tinha contato nenhum com os resto da família por parte de pai e a mãe era filha única. Ela não sabia se tinha primos ou tios por parte de pai e não conheceu os avós maternos e paternos.
- Vamos lá pro hotel comigo? - Ela assentiu.
- Você tá em qual?
- Tô em São Gonçalo.
- Melhor...Não quero ficar sozinha.
- E não vai ficar enquanto eu estiver aqui. - Ela sorriu fraco e me abraçou.
Ela comeu, tomou um banho, vestiu uma camisa minha e se deitou para dormir.
Era triste, eu me colocava no lugar dela. Perder os pais tão jovem não deve ser fácil.
Fiquei zelando seu sono a tarde toda, até ela acordar. Acariciava seu cabelo e ela sorriu fraco pra mim.
- Me diz que foi tudo um pesadelo! - Ela sussurrou.
- Não foi, mas vai passar. Eu prometo! - Falei da mesma forma e ela suspirou fechando os olhos.
Ás lágrimas começaram a encharcar seus olhinhos azuis.
- Obrigada por tudo...
- Se a cada "obrigado" que você me desse eu ganhasse um centavo. - Ela riu fraco. - Não precisa disso! Eu tive uma ideia, só você concordar.
- Que ideia?
- Viaja comigo? Vamos esquecer os problemas por uma semana?
- Viajar com você? E seus shows, as pessoas?
- Eu resolvo isso. Aceita? Pro lugar que você quiser.
- Luan, eu não sei.
- Promete pensar?
- Prometo!
- Só quero te ajudar...
- Eu sei! - Ela colocou a mão no meu cabelo.
- Por você eu faço qualquer coisa. - Beijei seu pescoço. - Eu te amo! - Voltei a olhá-la.
- E se eu disser que tô sentindo o mesmo?
- Eu vou adorar ouvir.
- Eu te amo! - Juntei nossas bocas e depois de um beijo intenso, sem malícia nenhuma, lhe abracei.
Senti meu ombro molhado e quando vi, ela chorava, enquanto eu sussurrava em seu ouvido que ficaria tudo bem.




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Capítulo triste demais, amores! :( A Amanda perdeu a mãe, mas não me matem por isso. Ela vai ficar bem. Não deu nem tempo de fazer a cirurgia. 
No pior momento ela conseguiu se declarar, acho que o Luan vai ajudar ela bastante nessa fase, mas e os outros? Será que vão colaborar? 
Espero que estejam gostando. Beijos e até o próximo!

8 comentários:

  1. MEU DEUS MANOELA QUE FOI ISTO? A mãe dela morreu, tadinha, que choque... ela se sente perdida mas Luan está sendo um homem e cuidando dela e de tudo que a envolva. E esse Eu te amo? morri *-* muito fofos, espero que a Amanda se abra mais para o amor e aceite o Luan sem pensar em consequências. E ele que cuide bem dela, porque ela merece ser bem cuidada.

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  2. Que triste :x, será que os outros vão prejudicar os dois?

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  3. Elaia . Amanda "sozinha" no mundo , porque mesmo que o Luan queira ficar com ela sempre ela vai sentir um vazio ate ela se acostumar a viver sem a presença da mãe . Que ela tenha forca , porque do jeito que é essa Equipe do Luan , eles dois enfrentaram muitos obstáculos .#ForcaAmanda *Lais

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  4. Certeza que esse bando de idiota vai empacar

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  5. SOCORROOOOOO MANU O FORNINHO CAIU AIN MDS COMO PODE UM CAPITULO SER TRISTE E LINDO AO MESMO TEMPO? ESTOU SEM CHÃO SEM OR SCRR MANU DO CÉU MDS MDS

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  6. Ai tadinha da amanda agora so tem o luan tomara q ele n,decepcione ela ou os outros n causam problemas cont
    Cátia

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  7. Tomara que Luan não abandone ela mesmo, acho que essas pessoas chatas não irão deixar os dois em paz!

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  8. Tadinha ..
    Será q ela viaja com ele ??
    Acho q vai ter gente q não vai gostar ..
    Indica umas fic's ai pra gente ..
    Nuza

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