Capítulo 19 - Acidente

Luan Narrando: 

Depois de ter conhecido o amigo da Amanda e não ter ido nem um pouco com a cara dele, me despedi dela de vez e enfim fui para o aeroporto.

Meu jatinho já estava a minha espera. Iria para São Paulo e no outro dia, já começaria minha rotina de shows, que seria dobrada, por causa dos shows desmarcados.

Já estava cansado só de imaginar e com saudades, muitas saudades da Amanda. Só de pensar que só lhe veria depois de trinta dias.

- Cara, vou ali no banheiro... - Falei com o meu segurança.

- Não dá pra esperar chegar no avião?

- Não! - Ri.

Já estávamos no aeroporto, então ele foi comigo até o banheiro e me esperou na porta.

Ninguém estava me reconhendo, o aeroporto não estava muito cheio.

Saí do banheiro e andávamos rápido, quando alguém esbarrou em mim forte.

- Você? - Estreitei os olhos.

Era o tal amigo folgado da Amanda. Mas tínhamos acabado de nos ver e ele já estava ali.

- Tá lembrado de mim? - Ele riu.

- Acabei de te ver. - Respondi com deboche.

- Olha, só vim até aqui pra te falar uma coisa...

- Sério que me seguiu até aqui? - Sorri.

- Só quero te dizer, que se magoar a minha Amanda, vai se ver comigo. Ela não é como as mulheres que está acostumado a pegar e jogar fora. 

- Eu não vou magoar nunca a MINHA Amanda! - O encarei. - Eu sei muito bem o quanto ela é diferente e eu a amo.

- Você não é pra ela!

- Vem cá, cara! Qual é a sua? Chega assim do nada e acha que pode mandar na Amanda. - Cruzeis os braços.

- Eu não cheguei no nada, eu conheço ela desde que me entendo por gente. Você que chegou do nada! Como você, um cantor famoso e rico conheceu a Amanda? Uma mulher humilde, simples, que não faz ideia de como é viver no seu mundo. O melhor, como pode se apaixonar por ela?

- Eu não te devo satisfações do meu relacionamento com ela. Deixa a gente paz, deixa ELA em paz!

- Você ainda vai me ver muito. Eu vim pra ficar! - Ele me encarou e eu quis socar a sua cara.

- Vem, Luan! - Meu segurança, que via tudo me tirou dali quase que a força.

Amanda Narrando : 

Depois de uma semana, eu já estava melhor. Começando a me acostumar com a ausência da minha mãe e a distância entre mim e o Luan, que sempre arrumou um jeitinho de me ligar, de falar comigo pelo menos uma vez no dia. 

Eu já tinha voltado a trabalhar e tinha descoberto que o Kauê estava morando ali no Rio.

Depois que nos reencontramos, ele me procurou mais uma vez, mas não dei abertura de novo e ele se foi até que rápido. 

A Cris vivia me perguntando do Luan, querendo explicações, me enchendo tanto o saco que eu lhe contei algumas coisas, como, quando nos conhecemos. Mas não disse se estávamos tendo alguma coisa mais séria. Ela entendia até aonde eu queria contar, entendia minha discrição.

Tinha acabado de chegar em casa, em uma tarde de sexta-feira, quando fui ligar meu celular.

Eu desligava ele todos os dias em horário de trabalho, exigência do hotel.

Vi que não tinha nenhuma mensagem do Luan e estranhei, já que ele sempre mandava, mesmo sabendo que meu celular estaria desligado.

Disquei seus números e na primeira vez a ligação caiu, na segunda, ele atendeu.

- Oi, amor! - Falei sorrindo.

- Oi, meu amor... - A voz dele estava estranha. Mais rouca não sei, mas estranha.

- Tá tudo bem? - Ouvi um suspiro do outro lado da linha e ele ficou alguns segundos em silêncio.

- Agora tá tudo bem! 

- O que aconteceu, Luan?

- Fica calma, tá? Eu sofri um acidente, mas já tô melhor.

- O quê?

- Calma!

- Calma? Como assim você sofreu um acidente? Como foi isso?

- Foi hoje de manhã, eu ia viajar agora de noite. Eu tava indo pro centro de São Paulo, gravar um programa de TV.

- Tava sozinho?

- Eu e meu segurança. Mas ele está bem, eu também. Só me arranhei um pouco.

- Meu Deus! Deu problema no seu carro?

- Não sei, tava tudo bem! Me falaram que a roda furou.

- Você tá bem mesmo?

- Eu tô! Te juro!

- Tá em casa?

- Ainda estou no hospital...

- Depois diz que tá bem!

- (risos) Eu tô, amor! - Ele falou meigo. - Acha que deixariam eu ficar no celular se não estivesse? Nem conseguiria!

- Tudo bem...Tem alguém ai com você?

- Minha mãe, mas ela foi fazer um lanche agora. Meu pai, a Bruna e a Arleyde saíram daqui agora.

- Vai descansar. Fica bem!

- Obrigado, vou ficar! Se cuida você também.

- Amanhã eu posso te ligar que horas?

- Essa hora de novo. Acho que acordo tarde...

- E seus shows?

- Desmarcados, mas não por muito tempo. Daqui a quatro dias já estou novo em folha.

- Olha lá, beijo! Te amo!

- Te amo! - Ele desligou primeiro e eu suspirei.

No outro dia, quando acordei liguei a TV, enquanto tomava café.

Falava sobre o acidente do Luan e mostrou seu carro. Me assustei. Estava bem amassado.

Trabalhei tensa aquele dia inteiro e quando chegou a hora de ir embora, saí quase que correndo, ansiosa pra falar com o Luan.

Ele me atendeu rápido, assim que o liguei quando cheguei em casa.

Ficamos conversando por longos minutos.

- Eu vi o seu carro pela TV. - Suspirei.

- Viu, é? Não sei se compensa mandar arrumar! - Ele riu fraco.

- Você podia ter morrido...Não ri.

- Não pensa nisso! Eu tô aqui e já agradeci a Deus por isso. Eu e o Well não sofremos absolutamente nada.

- Graças a Deus! Já está em casa?

- Vou amanhã!

- E já sabe o que deu no seu carro de verdade?

- Soltaram as rodas...

- O quê? Sabotaram seu carro? Como? Por que?

- Eu também não sei, amor! Mas nós vamos descobrir!

- Você acha que fizeram isso mesmo com você?

- Não tem outra explicação. Meu carro passou por revisão fazem três dias. Tô muito triste que perdi ele. - Ele riu fraco.

- E eu tô feliz que não perdi você! - Disse brava por seu comentário e ele riu. - E você aí preocupado com um carro.

- Poxa, amor! Era meu xodó!

- Compra outro...

- Já providenciei isso!

- Sério?

- É...Meu carro é minha paixão.

- Ah é?

- (risos) Depois de você!

- Eu acho bom! - Ri. - Não quero ter ciúmes de um carro.

- Boba! - Conversei mais algum tempo com ele, até ele dizer que iria jantar.

Estava pensando em umas coisas, que jurava eu ser impossível e que só era minha cabeça fantasiando as coisas, quando bateram na minha porta.

- Kauê? - Ergui uma sobrancelha para ele, que sorriu.

- Posso entrar? - Dei espaço e ele se assustou. - Tá de bom humor?

- Tava pensando em você!

- Em mim, é? Por que? - Ele se sentou no sofá sorrindo.

- Em você...Como está aqui no Rio? E seu emprego em Goiânia?

- Ah, eu tô tentando arrumar um aqui. Tô vivendo das minhas economias.

- Entendi! De quê mesmo você vivia lá?

- Eu era mecânico...

- Mecânico. É, eu já sabia, só pra ter certeza.

- É, eu já trabalhava com isso aqui, antes de ir embora.

- Me lembro bem...Agora me responde uma pergunta, Kauê. Foi você que afrouxou a roda do carro do Luan, seu imbecil? - Cruzei os braços, ficando em sua frente e ele meu olhou assustado.




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Vishiii, acidente com o Luan :c Mas foi só um susto.
Vcs concordam com a Amanda e acham que o Kauê é culpado?
Acompanhem os próximos capítulos. Beijos, paixões! 
Ps: cm eu disse lá no grupo, se comentarem bastante tem capítulo de novo ainda hoje! :)