sábado, 30 de janeiro de 2016

Epílogo







O fim. Meu marido sempre me disse que ele não existia para um amor tão grande quanto o nosso e ao longo do tempo, descobri que ele tinha razão.
Depois que nos casamos tantas coisas aconteceram, boas e ruins. E nossos filhos. Como podem crescer tão rápido? 
Como eu disse, muita coisa boa aconteceu conosco, mas uma em especial foi a melhor. Digamos que ganhamos um presente lindo de Deus. 
Aconteceu quando eu fui por acaso, até o escritório do Luan. Já tinha deixado as crianças na escola, Rafael com 10 anos e Marina com com 5. Lindos, inteligentes e briguentos. O ciúmes dos dois nunca acabou. Rafael às vezes ainda tinha suas crises, mas amava a irmã e morria de ciúmes dela com algum amiguinho também.
Naquele dia eu já tinha ido para a empresa de manhã e não quis voltar.
Luan estava em reunião, então esperei que acabasse.
- Ué, amor, não disse que vinha! - Ele selou nossos lábios.
- Resolvi agora! Vamos para casa?
- Poxa, eu tenho que dar uma saída, amor.
- Pra onde?
- Visitar um orfanato. Me falaram que tem uma menina lá que é minha fã, ela tem uns probleminhas e sempre que vai pro hospital pede pra por meu DVD.
- Que lindo! Eu não posso ir junto?
- Ainda pergunta, muié? Vamos? - Assenti.
Fui no carro do Luan com ele e o Rober, Wel, Rafael e Juliana, no meu carro.
O orfanato era um pouco longe da capital, mas depois de uma hora, chegamos.
Era tudo bem organizado, com porteiro e uma responsável por tudo que foi nos recepcionar.
- Tudo bem com vocês? Meu nome é Gabriela.
- Tudo ótimo! - Luan sorriu.
- Eu nem acredito que está aqui, Luan! - Fomos conversando com Gabriela, enquanto andávamos.
Ela era muito simpática e parecia gostar muito das crianças.
Por falar nelas, logo reconheceram o Luan e fizeram uma farra, Luan abraçou uma por uma, até chegar no motivo que nos levou ali.
- Essa é a Ester. Sua maior fã! - Gabriela disse e eu sorri.
- Vem me dar um abraço, Ester! - Luan se abaixou, abrindo os braços e com muita timidez se aproximou. - Tudo bem?
- Tudo...Você é mais lindo que nas fotos. - Rimos.
- Obrigado! Você que é linda! Quantos anos você tem? 
- Cinco!
- Igual a minha filha.
- Qual o nome dela?
- Marina...Quer conhecê-la? - Ela assentiu. - Um dia trago ela e o Rafa aqui para brincar com vocês.
- Qual seu nome? - Ela me olhou e eu sorri.
- Amanda... 
- Você é tão bonita! - Rimos.
- E você é muito gentil!
- O que é isso?
- (risos) Uma pessoa fofa! - Ela sorriu tímida.
- Obrigada, Amanda! - Ri da sua inteligência.
Luan começou a tocar e cantar algumas músicas, enquanto eu analisava aquela garotinha, ele me lembrava alguém.
- O que foi? - Rober me assustou e eu ri.
- Essa menina me lembra alguém...
- Será que você conhece alguém da família dela?
- Não sei...Vou perguntar para Gabriela o porque dela estar aqui. - Saí dali e fui até a moça simpática.
Ela me levou até sua sala e me mostrou tudo sobre a Ester.
- Aqui a certidão! À mãe dela morreu em um acidente, ela estava junto mas não se machucou. Já procuramos algum parente, mas nada. Só encontramos a certidão dela.
- Isso faz quanto tempo?
- Uns dois anos...Ela ainda sofre!
- Luan me disse que ela tem problemas...
- Tem! De coração. Fomos até o hospital que está na certidão e eles disseram que ela fez uma cirurgia assim que nasceu. Um hospital bem luxuoso e nós até estranhamos, pois a mãe dela era bem humilde. - Fui ler a certidão e me assustei quando vi a data de nascimento, o hospital que ela nasceu e o nome da mãe.
- Meu Deus!
- O que foi? 
- Eu conheci a mãe dela. Eu tive minha filha no mesmo dia. Ela estava triste porque o pai da Ester não queria assumir e porque não tinha dinheiro pra pagar a cirurgia.
- Mas ela operou...
- Fui eu que paguei! - Meus olhos lacrimejaram.
Eu não estava acreditando naquela peça que o destino me pregou.
Gabriela ficou tão estática quanto eu.
Depois que Luan se despediu das crianças, levei ele até a sala e lhe contei tudo.
- Caramba, amor! Eu lembro dela...Eu nunca ia esquecer esse seu gesto. - Conversamos mais um pouco e nos despedimos de todos de vez.
- Gabriela, se ela estiver com mais algum problema...
- As vezes ela tem umas pioras, Amanda, mas a gente faz de tudo pra ajudar.
- Eu também quero ajudar. É só me ligar! - Entreguei meu cartão á ela e fomos embora.
- Você simpatizou com essa menina antes mesmo dela nascer, não é? - Luan falava enquanto dirigia e eu ri.
- Pior que foi!
- Eu achava que era só caridade, pena, bondade...Mas não é!
- Não?
- É amor! Um destino estranho, mas mesmo assim um destino. Você gosta mesmo dela, me arrisco a dizer como gosta dos nossos filhos. Por que não ficar com ela?
- Como?
- Melhor! Por que não ficamos com ela? - O olhei e ele sorria sem me olhar, encarando a estrada.
- Amor...
- Você quer adotar ela? Quer que a Ester seja nossa filha?
- Tá falando sério?
- Muito sério!
- Você aceitaria, amor?
- Por que não? Ela é uma criança encantadora e merece uma mãe a sua altura. - Ele pegou na minha mão.
- E um pai também! - Sorri.
Depois daquele dia nossa vida mudou um pouquinho, talvez muito.
Luan entrou com um pedido de adoção e nós voltamos no orfanato para avisar a ela. 
Estava com medo da sua reação, mas foi surpreendente. Ela ficou feliz, chorou e disse que o que mais queria era ter uma família.
Contamos aos nossos filhos também. Marina amou, teria com quem brincar, mas Rafael se enciumou como sempre, mas passou.
Nossa Ester foi para casa depois de cinco meses. Montamos um quarto só para ela, assim como meus filhos tinham e foi inexplicável a emoção nos olhos daquela criança.
Agora tínhamos três filhos. Três lindos e amáveis filhos.
Bruna se casou depois de um ano que Ester estava conosco e ela e Marina, foram as damas.
À família toda adorava Ester e ela também amava todo mundo.
Tive a certeza de que Deus enviou ela para ser minha filha, quando ela me chamou de mãe pela primeira vez e foi a mesma emoção que senti quando foi Marina e Rafael.
Luan também era um pai babão e não parava de mimar suas princesinhas, deixando Rafa emburrado.
Larissa casou-se e separou umas três vezes. Já estávamos acostumados a ir em casamento dela.
Já Daniel namorava um rapaz bem sério, por três anos.
Nós tratávamos com preocupação o probleminha da Ester, com o melhor médico de São Paulo.
Ester crescia feliz e saudável, com uma família lhe amando a cada dia.
Muito tempo passou, muita coisa mudou, inclusive nosso amor, que com o tempo só aumentou.
Esse é o verdeiro amor, que o tempo faz aumentar a intensidade, o fogo, a paixão, e não que acaba.
No fim é tudo em razão dele. No fim, é tudo acontece por amor!



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Queria agradecer demais a vocês por tudo. Esse foi o melhor fim que já escrevi, na minha opinião, e essa é uma das fanfics que mais amo . E vocês que são culpadas disso! 
Obrigada por estarem sempre comigo!
Eu confesso que amo finalizar fanfic, mas essa eu queria bem mais, queria escrever ela até o ano que vem, mas não é possível! :/
Eu vou ter que estudar e me esforçar muito esse ano. Ano que vem eu entro na faculdade, é bem importante pra mim. Capítulo é difícil de escrever e leva horas, não vou saber dividir as coisas e odeio deixar vocês esperando por muito tempo.
Essa foi -talvez- minha última fic. Eu digo talvez porque não sei do futuro, mas provavelmente será a última mesmo.
Espero de coração que tenham gostado de todas que eu já escrevi. 
Nunca imaginei que tanta gente leria uma simples história contada por mim. Juntando todas as minhas 8 fanfics soma mais de 1 milhão de visualizações no meu blog. Vocês tem noção?
E pelo visto a que vocês mais gostam é a "Só vejo você", que completou mais de 300.000 visualizações. Eu também amei escrever ela, acho que são as minhas preferidas.
 Obrigada de verdade, amores! 
Eu ameeei dividir minha imaginação louca com vocês e ajudar a vocês a se divertirem e passar o tempo. Sintam-se abraçadas!
Obrigada a quem comenta e me enche de inspiração e a quem lê quietinha também.
Ser fã é essa coisa tão louca, não é? Agradeço também por ser fã do Luan, ele me proporcionar isso. Sem ele eu não conheceria vocês. Essas fanfics já me ajudaram muito, sério!
Inclusive a ter leitoras como amigas virtuais.
Hoje eu tenho vontade de ler mais, de saber mais do português pra vocês lerem tudo certinho.
Já me ajudou a vencer várias coisas no meu colégio, de histórias, textos, enfim. Logo eu que nunca fui boa com as palavras e ainda acho que não sou kkk
Então eu incentivo à você que não tem coragem, mas vontade de escrever a seguir em frente.
Pode demorar pras pessoas lerem, mas divulga. Pode sair uma bosta no começo, mas você vai aperfeiçoar. Se não gostar de jeito nenhum, apaga! Haha
Já aconteceu isso tudo comigo e hoje eu tenho vocêsss! Valeu a pena demais!
Obrigada de novo, meninas, me desculpem qualquer coisa e fiquem com Deus!



Capítulo 80 - É o fim?






Fomos recebidos em casa com uma festinha surpresa. Muitos amigos do Luan e seus familiares também estavam ali para ver nossa pequena Marina, que foi muito mimada nos colos que passou.
Depois alimentei-a  e Bruna lhe colocou para dormir. Eu não podia ficar subindo escadas toda hora, então só subiria mesmo quando não fosse descer mais.
O pessoal ficou ali até o fim da tarde e a família do Luan também voltou para casa naquele dia.
Era meio de semana e muitos ainda iriam trabalhar no outro dia.
Luan me ajudou a subir as escadas e eu logo que me deitei na cama já dormi, ainda estava cansada.
Recebia as coisas na cama, até eu tirar os pontos. Luan me mimava e tinha tirado um mês inteiro só pra ficar comigo e a filha.
Eu tinha matriculado o Rafa  em uma escolinha, mas quando ele soube da notícia fez o maior drama. Não queria ir e vivia chorando.
No primeiro dia, minha sogra o arrumou e antes de Luan levá-lo, ele foi até o quarto.
- Que lindo! - Eu disse beijando sua bochecha.
Ele estava todo uniformizado, com uma mochila e lancheira do Ben 10, que ele tanto gostava.
- Eu não quero ir, mamãe! - Começou a chorar.
- Meu filho, vai ser muito legal! Você vai fazer amigos, vai brincar. Vovó Lizete me disse que colocou um monte de coisas gostosas na sua lancheira. 
- Mesmo assim... - Ele cruzou os braços. - Então me leva!
- Meu amor, mamãe ainda vai tirar os pontos semana que vem e não pode ficar andando assim.
- Então eu não vou! - Ele gritou e logo Luan apareceu com a minha sogra.
- O que foi, Rafael? - Ele falou bravo.
- Eu não vou se minha mãe não for me levar!
- O papai vai, meu amor, se você quiser a tia Bruna também e à vovó. - Marizete falava calma.
- Eu quero minha mamãe também. Agora tudo é a Marina. Se fosse ela a mamãe iria! - Ele voltou a chorar.
- Rafa...Nada disso! Você não precisar ter ciúmes. - Falei.
- A mamãe tá dodói ainda, filho. - Luan falou.
- Por causa da Marina.
- Meu amor, a Marina tinha que nascer. - Sorri paciente. - Você também nasceu da minha barriga.
- Eu não gosto dela!
- Não diz isso, filho. É a sua irmãzinha! Olha, a mamãe vai te levar tá? - Ele assentiu. - Agora para de chorar! - Beijei seu rosto.
- Amanda...
- Eu vou com você, Luan.
- Não, ele tem que entender!
- É ciúmes, amor. Deixa que vai passar. Ele ainda é muito pequeno e não podemos esquecer disso.
Não vai me fazer mal, eu não vou nem descer do carro.
- Amor, você está com pontos.
- Não tem problema! - Sorri. - Eu faço tudo pelo meu filho e não ia ser justo eu não levar ele no primeiro dia na escola. - Luan me olhou ainda me repreendendo.
- Filho, amor de mãe é assim mesmo! Ajuda ela a se arrumar, que eu vou esperar com o Rafa lá em baixo! - Minha sogra falou e Luan assentiu.
Depois daquele dia o ciúmes do Rafa foi diminuindo, mas nunca acabava de vez. Ele tinha amado a escolinha, feito vários amigos e voltava todo sujo para casa, contando animado como foi seu dia.
Tirei meus pontos e minha vida começou a voltar ao normal. Também voltei para minha casa, não era legal eu ficar na casa dos pais do Luan para sempre e eu morava de frente para eles, ou seja, estava toda hora com eles. 
Marina era um bebê super calmo e que não gostava muito de dormir, ela lutava contra o sono durante o dia e a noite, dormia a noite toda, para a minha felicidade.
Luan voltou a fazer seus shows, mas voltava no começo da semana cheio de saudade da filha e ficava todo tempo com ela, a tarde ele buscava o Rafa na escola e brincavam de noite. Conseguia dividir tudo, sem deixar nosso filho com mais ciúmes. Um ótimo pai.
- Ela é tão linda quanto você! - Ele dizia com nossa filha no colo.
- Quanto você também! - Ri.
- Ela é a sua cara, amor!
- Pelo menos uma. - Ele riu. 
- E tem seus olhos lindos. Esses olhos...Ainda vão me dar muito trabalho.
- (risos) Seu bobo! - Sorri e puxei ele para um beijo.
Não poderia estar mais feliz com a minha vida.


(...)

Os meses se passaram voando e eu tive que escolher tudo as pressas para o nosso casamento, que já estava com a data marcada. Então, para não atrasar muito, tive que escolher muitas coisas sozinha ou com a ajuda virtual do Luan, que fazia muitos shows com sua nova turnê, mas prometia que quando nos casássemos, ele diminuiria.
Fui escolher os doces do casamento, na empresa que contratamos e Bruan e Larissa foram comigo, junto dos meus filhos.
Passamos o dia comendo coisas gostosas e rindo uma da outra. Queria o Luan ali, mas infelizmente ele estava no nordeste fazendo shows.
Tirei uma foto dos doces e postei marcando ele.


" Olha o que você está perdendo, amor! As meninas estão comendo tudo por você! Haha
#preparativosfinais #desgustação #escolhadosdoces "

*

Depois de ver o que Amanda tinha postado, fiquei rindo e comentei na foto para guardar um para mim. Estava tão ansioso com o meu casamento, que não tinha palavras que explicassem.
Dormi um pouco e quando acordei, já tive que tomar um banho e ir para o show.
Jantei no camarim mesmo e depois de atender à imprensa, foi a vez dos meus fãs.
À última garota foi bem atirada e eu tentava me desviar dela o tempo inteiro, causando risos em Rober.
Fiz meu show com muito carinho e desci do palco satisfeito.
Sem vontade nenhuma de dormir, liguei para Amanda, que ainda estava acordada e dizia estar sem sono por conta da ansiedade para o casamento.
Conversamos a noite toda e eu lhe contei da menina do camarim rindo, enquanto ela forçava o riso, me fazendo ri mais ainda. Uma coisa que ela sempre foi e nunca deixou de ser, uma mulher ciumenta.
Nos despedimos quando o sol já nascia e meu sono chegava.
Antes de dormir postei uma foto da minha princesinha, da última vez que a vi. Duas semanas atrás.
Por conta do casamento estava fazendo muitos shows, já que tiraria uma boa folga para curtir com minha futura mulher e meus filhos.



" Pensa na coisa mais linda do mundo! Eu tô morrendo de saudade do meu príncipe e das minhas princesas! Já já eu volto s2 "

(...)

Depois de algumas semanas, finalmente o dia tão esperado tinha chegado. 
O dia que eu me tornaria um homem completo e teria sua própria casa e sua família. O dia mais esperado da minha vida inteira. Eu não sabia nem explicar o que sentia.
Passei o dia com meu pai e os homens da minha família em um hotel luxuoso de Cancún.
Sim, estávamos nos casando em Cancún. Amanda tinha me dito que seu sonho era casar na praia, então eu tive essa ideia e ela amou. Todo mundo da família também aprovou.
Pegamos o avião e fomos um dia antes para lá. Aproveitamos bastante o dia na praia e de noite, Amanda já não dormiu comigo mais. Ordem de Bruna e minhas primas.
Fiz massagem, comi várias coisas gostosas, enquanto o fotógrafo registrava tudo, naquele quarto de hotel enorme.
Tinha um ali comigo e um com Amanda, no spa que ela estava com minha mãe, minha irmã, algumas primas e tias, e sua amiga inseparável Larissa.
Meu dia foi relaxante e tranquilo, porém a tensão não saia de mim, por mais que eu quisesse.
E pra piorar a situação, o dia passou voando. 
Me arrumei, depois da minha cabeleireira arrumar meu cabelo bem do jeito que eu gostava e fomos para a praia privada do hotel.
Tínhamos alugado aquela área para cerimônia e festa. Só as comidas que nós contratamos do Brasil e eles fizeram um serviço excelente, levando tudo para lá.
A decoração minha assessora que cuidou tudo ali do México mesmo, só falamos o que queríamos e confiamos nela. Enfim, estava tudo lindo.
A praia estava perfeita, o sol começava a se pôr e um vento suave tomava conta do local fazendo balançar alguns coqueiros lindos, daquele paraíso.
Esperei Amanda, no pequeno altar montado, por trinta minutos. Os piores trinta minutos da minha vida. A ansiedade me matava já.

*

Passei um dia em um spa maravilhoso de frente para a praia, com várias mulheres.
Rimos, comemos, contamos piadas. O dia foi perfeito.
Depois de me arrumarem, finalmente seguimos para praia, que era atrás do hotel. Fui junto com meu sogro que me levaria até o Luan. 
Antes de entrarmos, fiquei emocionada e com saudades dos meus pais. Lembrei muito deles.
Seu Amarildo beijou minha testa, parecendo ler meus pensamento e sorriu.
- Eu não tô aqui com você só como seu sogro. Eu já te considero uma filha, Amanda. Você pode contar comigo para o que precisar.
- Muito obrigada! Obrigada por ter se oferecido para entrar comigo, eu já estava conformada em entrar sozinha.
- Eu nunca deixaria isso, minha filha. Eu tô aqui com você, substituindo seu pai com orgulho. Eu abençoo muito esse casamento. 
- Obrigada... - Meus olhos já lacrimejavam. 
- E eu sinto muito por ter sido contra esse relacionamento no começo, eu não te conhecia e depois que te conheci, vi o quanto fui idiota. Você é a mulher que eu pedia a Deus, para dar ao Luan, todas as noites! 
- Eu nem sei o que dizer! - Sorri, chorando e ele me abraçou.
- E tem mais alguém pra entrar com a gente. Olha ali! - Olhei para o meu outro lado e meu filho estava ali, lindo, todo de terno.
- Meu Deus, que lindo! - Rafa me deu a mão e começou a tocar a marcha nupcial.
Luan tinha contratado uma orquestra linda.
Entrei com meu sogro e meu filho naquele dia mais feliz da minha vida.
Acho que foi o casamento que deu mais choro. Eu chorava, Luan, seus pais, sua irmã, a família e os convidados inteiros. 
Aquela vista linda deixava tudo mais mágico e mais emocionante também.
Na hora das alianças, Rafa voltou e entrou de mãos dadas com a irmã, segurando a cestinha.
Marina dava seus primeiros passinhos com dificuldade, enquanto o irmão tentava lhe firmar todo cuidadoso. Chorei mais ainda.
Quando chegaram até nós, ela tropeçou e quase caia, quando Luan a segurou rindo.
Foi mágico. Muito mais que o conto de fadas que eu sonhei pra mim.
Quando a cerimônia acabou, cumprimentamos todos e fomos para onde estava montada a festa, logo ali do lado.
Já estava de noite e nós fomos tirar fotos com todos.
Jantamos, partimos o bolo e depois outra surpresa, Luan me disse que tinha alugado uma boate inteira só para nós e nossos convidados.
As crianças já estavam com muito sono, então deixamos eles no hotel, com as babás que tínhamos contratado. As tias do Luan fieram a mesma coisa com os filhos delas.
Tirei a calda do meu vestido, o deixando curto e fomos para tal boate, que era uma rua depois da que estávamos.
Estava tudo lindo, com cara de casamento, mas clima de boate.
Tinha banda para tocar e DJ, nos esperando. Ele realmente me surpreendeu.
Uma boate inteira só para nós era demais, mas ele não ligava para isso.
Depois daquela noite mágica, voltamos para o hotel de manhã e Luan me levou para uma suíte que tinha alugado só para nós.
Estava tudo vermelho, com velas aromáticas, uma banheira cheia de pétalas. Tudo lindo.
Fizemos amor com todo carinho e todo amor que tínhamos.
A felicidade era explícita naquele quarto.
O ambiente estava lotado de boas energias.
Fiquei nos braços dele, enquanto só ouvíamos o barulho do mar, que era bem ali na frente da nossa sacada.
Fomos dormir tranquilos e felizes. 
No outro dia, acordei primeiro que o Luan, mas a preguiça de sair da cama e me vestir era demais, então continuei como estava, ali nos braços dele.
Peguei meu celular, e depois de ligar para o quarto do lado, para saber dos meus filhos, entrei na minha rede social que estava lotada de mensagens.
Alguns amigos que não puderam ir no casamento, me parabenizavam. A fotógrafa fofa, que ficou comigo o dia todo e fotografou à cerimônia e a festa, me mandou algumas fotos.
Postei uma com uma mensagem de agradecimento a todos.


" Obrigada a todos que estiveram presentes nesse momento tão especial da minha vida. À quem não pôde ir, mas mandou mensagem, as coisas lindas que os fãs do Luan estão me mandando. Ontem foi um dia tão especial que só de lembrar já quero chorar! Obrigada pelo carinho de cada um e principalmente ao amor da minha vida por tornar esse sonho realidade."


Luan acordou e eu sorri para ele, que retribuiu, antes de selar nossos lábios.
Nos olhávamos em silêncio e com amor, como de noite. 
Ninguém precisava dizer nada, o silêncio já falava por nós, mas o quebrei depois de alguns minutos.
- O que você achou? - Levantei a cabeça para o olhar.
- De ontem? Muito mais lindo do que eu imaginei. E você?
- Faço das suas as minhas palavras. - Sorri.  - Você sabe me surpreender, eu te amo tanto! 
- Eu faço tudo pra te ver sorrindo! Era tudo que eu queria. Era esse o fim mesmo que eu queria para nós desde a primeira vez que te vi!
- É o fim? - Ele parou um pouco para pensar.
- A gente ainda vai ser muito, mais muito feliz! Mas também vamos brigar, nossos filhos vão dar muita dor de cabeça, mas resumindo. Não é o fim! Nunca é o fim!
- É porque é assim que os contos de fadas acabam. Depois do príncipe e da princesa se casarem,eles são felizes para sempre!
- Mas não é o fim, amor. Nunca é! Você só para de contar a história, mas eles seguem a vida deles. - Rimos.
- Você é o meu príncipe, esse é o meu conto de fadas e eu digo que nós vamos ser felizes para sempre sim! 




Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser.

    

                                       The End of a Beginning ...
   



quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Capítulo 79 - Nascimento





- Luan! - Gritei por ele, que apareceu correndo, junto de todos.
- Ai meu Deus! - Ele disse assustado, enquanto se abaixava. 
Rafael chorava muito.
- Senta aqui, Amanda! - Meu sogro me levou até o sofá. Eu estava em choque. - Fica calma!
- Meu filho...
- Pai, pega o carro e vamos para o hospital. Mãe, você e a Bruna ficam e cuidem da Amanda. - Luan disse, com nosso filho no colo.
- Não eu vou junto...
- Amor, não! Você não pode ficar nervosa. Fica e eu te ligo daqui a pouco.
- Amor...
- Por favor, amor! Vai dar tudo certo! - Assenti tensa e ele saiu dali, ainda com meu filho aos berros.
Coloquei a mão no rosto e desabei. A pior cena pra uma mãe ver acontecer com seu filho.
- Vai ficar tudo bem, querida! - Minha sogra e Bruna me abraçaram, também assustadas.
Me convenceram a ir pro quarto e eu me deitei, sem conseguir parar de chorar.
Como o prometido, Luan me ligou depois de um tempo.
- Luan, você demorou!
- Calma, amor! Eu demorei porque estava com o Rafa. Ele levou alguns pontos e agora tomou um remédio. Ele ainda tá nervoso, mas já estamos voltando pra casa.
- Tá tudo bem mesmo?
- Juro! Agora se acalma e cuida da nossa Marina. - Suspirei.
- Ta bom...Vem logo! - Desliguei e contei tudo para elas, que já estava tudo bem.
Luan chegou depois de meia hora e eu abracei meu filho forte.
- Que susto, garoto! - Beijei seu rosto.
- Foi pequeno o corte, até. É porque a cabeça é sensível e sangra muito.
- Mãe, tá doendo! - Ele reclamou.
- Vai passar, meu amor. - Rafa estava mais manhoso que o normal e nós, claro, mimamos ele bastante.
Depois de tomar a sopa da vovó, fiz ele dormir no meu colo.

(...)

Finalmente o dia da minha cesárea chegou. O dia em que nossa Marina viria ao mundo.
Fui com Luan, seus pais, sua irmã e Larissa, para o hospital. Eu estava bem, sem dores. Só meu coração que sentia as contrações, morrendo de ansiedade de ver o rostinho da minha filha e medo também. 
Ficamos esperando minha médica, que estava presa no trânsito, na recepção do hospital.
A notícia que eu iria dar a luz naquele dia já tinha se espalhado e já começava a lotar de fotógrafos na porta do hospital.
Enquanto esperávamos, uma menina, de aparentemente 17 anos, grávida, chorava sozinha nas últimas cadeiras. Só tinha nós ali. Ela parecia bem abalada.
- Luan... - O cutuquei. - Olha aquela menina...Vou perguntar o que ela tem.
- Deixa ela, amor...
- Não! Ás vezes ela tá com medo, poxa! - Me levantei e fui até ela sobre o olhar de todos. - Oi... - Me sentei ao seu lado sorrindo e ela me olhou, enquanto secava as lágrimas.
- Oi. - Ela falou baixo.
- Me desculpe, mas eu te vi chorando e vim aqui perguntar se posso te ajudar. Está com medo?
- Do parto? - Assenti. - Não...Antes fosse. 
- Eu posso te ajudar ?
- Não. - Continuei lhe olhando. - Sabe o que é? Eu fui expulsa de casa assim que engravidei.
- Nossa!
- E o pai do meu filho não quer assumir. Ele é bem de vida, pagou meu pré-natal e até o parto, nesse hospital chique, mas disse que não quer mais me ver e nem essa criança.
- Não fica assim! Você vai dar conta sozinha...
- Pior que não! - Ela riu fraco.
- Claro que vai? Qual seu nome?
- É Jussara.
- Olha, Jussara, eu me chamo Amanda, esse é meu segundo parto e o
no primeiro eu também estava assim, sabe? Eu também criei meu primeiro filho sozinha, mas passou e deu tudo certo. - Sorri tentado animá-la.
- Eu conheço você de algum lugar. - Ela olhou para o Luan, um pouco longe de nós. - Você é a mulher do Luan Santana? - Assenti. - O outro filho também não é dele?
- É sim, mas estávamos separados...
- Também vi que você é uma empresária rica.
- Mas eu era empregada doméstica, camareira de hotel, quando engravidei do Rafael.
- Jura? - Assenti. 
- A vida te recompensa, uma hora ou outra. Qual o sexo do seu bebê?
- É uma menina. - Ela olhou tristonha para barriga.
- O meu também! - Sorri. - E vai se chamar Marina!
- A minha vai se chamar Ester.
- Lindo o nome! - Ela sorriu pela primeira vez.
- Foi detectado um probleminha no coraçãosinho dela.
- Sério?
- É...A médica já disse que ela precisa de uma cirurgia urgente pra quando nascer, se não... - Ela suspirou. - E eu não tenho o dinheiro, nem o pai quer ajudar mais.
Iria falar quando Luan me chamou. Minha médica tinha chegado.
- Olha, Jussara, tenha fé que tudo se resolve! - Segurei em suas mãos.
- Obrigada...Pelas palavras, por se importar e vir até aqui. Não é qualquer um que faz isso, muito menos uma pessoa como você, rica, que não precisa se preocupar com nada, muito menos com problemas dos outros.
- Fica firme!
- Eu vou me inspirar na sua história! - Sorri e me levantei.
O nervosismo voltou, assim que tive que trocar de roupa. Luan também fez o mesmo e nos despedimos do resto do pessoal.
Só de ver o tamanho da agulha da anestesia, ele me olhou nervoso, me fazendo ri.
Assim que me viraram para aplicar, ele apertou minha mão.
- Não vai desmaiar! - Brinquei e o pessoal riu.
- Por favor, Luan! É o parto da sua filha. - A doutora também brincou. - Sua pressão está normal, Amanda. Ótimo! - Ela me olhou sorrindo e eu retribui.
Deu tudo certo. Nossa filha veio ao mundo linda e saudável e eu estava ótima.
Primeiro dei de mama para ela e depois tiramos a tradicional foto. Luan com os olhos mais vermelhos que os meus, de chorar.
Ele teve que sair dali com a nossa filha e eu fui para o quarto sonolenta, depois dos pontos.
Cochilei um pouco e acordei com todos no meu quarto.
- Descansa, amor! - Luan falou, acariciando meus cabelos.
- Depois eu faço isso...Já viram nossa filha?
- É a coisinha mais linda do mundo! - Bruna falou e depois todos deram suas opiniões sobre nosso bebê.
- E seu pai? - Olhei para Luan.
- Foi buscar o Rafa. - Assenti.
A enfermeira chegou com a Marina e eu lhe alimentei e depois de passar nos braços de todos, foi para o seu "berço" ao lado da minha cama.
Rafael já chegou emburrado e foi um custo pra só olhar a irmãzinha e piorou tudo quando Luan a pegou.
Parei olhando aquela cena de todo mundo feliz, babando na minha filha e me lembrei da Jussara.
Ela deveria estar triste e sozinha.
- Luan! - Ele parou de olhar para filha e me olhou. - Sabe aquela moça que eu conversei na recepção?
- Sei...
- Por favor, procura saber como ela está e a médica dela.
- Pra que, amor?
- Faz isso por mim? - Ele assentiu, ainda sem entender.
Entregou Marina para sua mãe e foi fazer o que eu pedi.
O pessoal teve que sair do quarto, mas prometeram que iriam nos buscar no outro dia.
Já era bem tarde. Luan dormiria ali comigo.
Depois que todos se foram, ele chegou com a minha médica.
- Ainda acordada? Já está tarde e a mamãe precisa descansar! - Ela disse e eu sorri.
- Eu vou, juro! 
- Amor, ela que fez o parto da moça também.
- Sério?
- Por que, Amanda? Conheçe a Jussara?
- Conheci agora pouco! - Ri. - Eu gostei dela. Como ela está?
- Bem...
- E o bebê?
- Bom, como eu previa o estado é bem delicado. Mas ela acabou de nascer, agora só nos resta esperar,  já que ela me contou sua situação. Só um milagre!
- Quando era pra fazer essa cirurgia?
- O mais rápido possível. É uma cirurgia longa e demorada, mas que quanto mais nova a criança for melhor.
- Então faça a cirurgia nela.
- Ela disse que não pode, Amanda...
- Não! Eu vou pagar! Faz a cirurgia no bebê. - Durante alguns segundos eles ficaram me olhando meio assustados.
- É sério?
- Super sério, doutora! Faz a cirurgia na Ester, a Larissa vem amanhã e acerta tudo com você e sua equipe. 
- Já que é assim, eu vou me apressar. - Ela pediu licença e saiu dali rápido.
- Amor...
- Não diz nada. Meu coração mandou eu fazer isso.
- Eu só ia dizer o quanto isso foi lindo e que você além de linda por fora é por dentro. - Sorri e ele selou nossos lábios.
No outro dia acordei cansada, mas com a notícia da minha alta. O que me animou.
Me arrumei, com a ajuda do Luan e quando estava prestes a sair do quarto, minha médica entrou.
- A cirurgia foi um sucesso, Amanda! - Ela sorriu e eu fiz o mesmo.
- Jura? Quando acabou?
- Agora! 
- Nossa!
- Eu disse que era sério o caso dela. Mas a pequena Ester está bem e com noventa por cento de chances de sobreviver.
- Que bom ouvir isso! - Abracei Luan, que também sorria. - A Larissa já acertou tudo, a senhora viu?
- Vi sim! Muito obrigada! E obrigada também por ser essa pessoa tão nobre, eu tô surpresa até agora com seu gesto. - Sorri agradecendo. - Não quer ver a Jussara?
- Deixa ela descansar, fale que eu mandei um beijo. 
- Tudo bem! Ela está agradecida por isso!
Luan pegou nossa filha e fomos andando pelos corredores do hospital, até ficar de frente com as incubadoras.
- É aquela de branco! - Ela apontou para uma bebê linda, bem lá no fundo.
- Ela é enorme e gordinha! - Rimos.
- E está muito forte agora, graças a você.
- A mim? Eu só quis ajudar ela a ter uma chance de viver. - Sorri. 
Ela era realmente linda e seria muito feliz, eu sentia isso.


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Oláaa, quero saber o que acharam desse capítulo e da minha ideia diferente para esse nascimento.
Foi de ultima hora, mas eu gostei bastante!
Comeentem!! Beijoos! 
Ps: O próximo é o último capítulo:/ 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Capítulo 78 - Dia com as fãs, quase perfeito




 - Amanda...Ainda está aí, amor? - Ele riu do outro lado da linha.
- Eu tô...
- Então me responde, muié! - Bruna me incentivava a falar, enquanto eu estava paralisada.
- Eu aceito. - Falei com a voz falha.
- Hã? Ninguém escutou. - Ri da palhaçada dele.
- É claro que eu aceito, amor! - Falei alto.
- Ouviram? Ela aceitou, gente. Então agora essa última música que eu vou cantar vai pra você, amor. Te amo!
- (risos) Tá bom, estou te vendo. Te amo! - Desliguei o celular rindo.
Luan comemorou com os fãs e começou a cantar uma das minhas música favoritas.
Chorei enquanto minha cunhada e meu filho me abraçavam.

Mais um dia triste 
me pego outra vez pensando em você 
Não dá pra evitar 
O seu olhar me disse 
Que ainda
 há tanta coisa pra se entender 

Pra que controlar 

Paz, é tudo que eu venho tentando encontrar 
Mas, me vem a saudade fazendo lembrar 

Tentei evitar 
Tentei esquecer tudo o que me lembra você 
Tentei não te amar 
Mas olho no espelho e nada de me reconhecer 
Só vejo você 
Em mim 

Se bate um desespero 
No mesmo instante o que eu quero é você 

Pra me abraçar 
Já não importa o tempo 
Não tenho medo de me arrepender 
Não vou controlar 

Paz, é tudo que eu venho tentando encontrar 
Mas, me vem a saudade fazendo lembrar 

Tentei evitar 
Tentei esquecer tudo que me lembra você 
Tentei não te amar 
Mas olho no espelho e nada de me reconhecer 
Só vejo você em mim 

Eu sei que mesmo que eu tente 

Isso não vai passar 

Tentei evitar 
Tentei esquecer tudo que me lembra você 
Tentei não te amar 
Mas olho no espelho e nada de me reconhecer 
Só vejo você


 Fiquei chorando vendo ele cantar a música, provavelmente ele tinha ensaiado tudo certinho com a banda. Louco. Já devia estar planejando tudo aquilo e eu nem percebi.
Quando enfim as cortinas se fecharam de verdade, meu celular tocou de novo.
- Já te disse o quão louco você é? - Ri ainda com lágrimas nos olhos.
- Eu sou mesmo. Completamente louco por você, meu amor. Gostou da surpresa?
- Eu amei! Ainda estou em estado de choque!
- (risos) Quis ser criativo. Você merece que eu me declare na frente de todo mundo.
- Eu te amo demais!
- Eu também, meu amor. Agora é só marcar a data!
- Sério?
- Claro, amor! Acha que te pesi em casamento de brincadeira?
- Não... - Ri.
- Então, por casávamos amanhã, mas como sei que você vai querer esperar a Marina nascer...
- Você me conhece bem e vai ser isso mesmo!
- Eu espero. - Ele riu. 
- E por sinal, a música ficou ainda mais linda na sua voz. Não sabia que se lembrava que era uma das minhas prediletas.
- Eu sei tudo sobre você, muié! - Ele riu. - Eu vou atender algusn fãs aqui e quando chegar no hotel te ligo.
- Já ouço a gritaria! Beijos.
- (risos) Beijos, amor! - Desliguei rindo.
- E você sabia de tudo, não é? - Olhei para Bruna.
- Tudo planejado! - Ela riu. - Quem diria, não é? Eu te odiava e hoje tô aqui ajudando meu irmão a te pedir em casamento.
- Besta! - Bati em seu braço rindo e ela me abraçou.
- Que vocês sejam felizes! Você merece, Amanda!
- Você também merece ser feliz, Bruna! - Sorri.
Fiquei quase que a madrugada inteira conversando com Luan, com ele já fazendo seus planos para o nosso casamento, me fazendo ri.
Fui dormir tranquilamente, quando o dia já amanhecia, com uma sensação única.
Parecia sonho. Eu me casando com o homem da minha vida.

(...)

Três meses se passaram e minha barriga de sete meses já estava gigante.
Luan teve a ideia de fazermos um book juntos eu aceitei na hora, claro.
Fomos eu, ele, Rafa, seus pais, sua irmã e Larissa para o estúdio, que fora o fotógrafo e a produção dele, ficou lotado.
Me soltei bastante e me deixei levar pelas palhaçadas que Luan fazia, o que tornou o ensaio bem mais bonito e espontâno. Amamos tanto as fotos e ficamos com todas as quarenta fotos, sem mandar apagar nenhuma.
Chamamos Rafael que estava emburradinho no canto com a avó. Ele estava com o que já esperávamos. Ciúmes da irmãzinha que nem tinha nascido ainda.
Mas não fazia birra nem nada, só ficava emburrado, o que nos fazia rir.
- Vem, filho!- Falei e ele negou. - Poxa, vai deixar de participar? À mamãe vai ficar triste.
- Vem, filho! - Luan me ajudou e depois de muita insistência ele cedeu e no fim, já estava gargalhando também.
Dali fomos direto para o escritório do Luan. À produção dele tinha preparado uma promoção e eu topei na hora. Um cháde bebê com os fãs.
Além da família do Luan e nossos amigos, teria um sorteio para mais vinte fãs.
Eu estava muito animada.
Fomos juntos com o pessoal do escritório, para o local que alugamos para o chá.
Estava tudo lindo em rosa e roxo. Muitos doces, barraca de churros, algodão doce, maçã do amor. Muitos salgados também, bebidas e um bolo lindo. As letras, com o nome Marina, em cima da mesa também dava todo um charme.
Quando chegamos, todos já nos esperavam.
- Desculpa o atraso! Estávamos tirando as fotos que eu falei. - Luan se explicou.
Fui cumprimentar todo mundo, inclusive as fãs, que estavam encantadas com tudo.
Fizemos várias brincadeiras e a última foi dos presentes. Tive que descobrir o que cada um era com os olhos vendados, e se eu não acertasse seria pintada pela pessoa que me presenteou.
Só acertei os formatos mais óbvios e fui muito pintada.
- Não acredito que errei de novo! - Reclamei no último presente.
- Errou! - Bruna gritou, nos fazendo ri.
- É uma cadeirinha de comer, amiga. Meu Deus! - Larissa disse.
- Pensei que era um andador...Vocês não deixaram eu colocar a mão em tudo. Roubaram! - Fiz bico e eles riram.
- Então como a Amanda errou o presente de quase todas fãs, elas vão escrever o nome delas na barriga da Amanda! - Bruna disse.
- Vou sair daqui quase um gibi!- Ri.
- Você primeiro. - Elas que escolhiam a ordem das meninas.
- Qual seu nome? - Eu perguntava.
- Maria Vitória! 
- Pode rabiscar, Maria, eu deixo! - Luan gritou e ela riu.
No fim, além da Maria, minha barriga ficou com o nome da Tatiana, Carol, Kerlane, Paula, Cinthia, Nayara e Manuela. Quase um gibi mesmo.
Aquele dia foi incrível e além de ver vários sonhos sendo realizados, ainda foi muito divertido. Queria comer tudo mas Luan me controlou bastante, eu não podia abusar. Mas alguns doces que sobraram nós levamos para casa para irmos comendo ao longo dos dias.
Mas no fim do dia, levamos um susto. Nosso filho foi para o seu quarto, que seus avós tinham acabado de preparar para ele ali e na hora que eu lhe gritei para jantar, já que ele não tinha comido muita coisa, falava a todo momento que queria comer a comida da vovó. Rafael desceu a escada correndo e nos últimos degraus, escorregou e caiu de cabeça.
Quase morri quando vi a quantidade de sangue que escorria de sua cabeça.  


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Quem gostou desse dia com as fãs, do sorteio pro chá? Eu amei!
Acho que perceberam que os nomes são das minhas leitoras s2
Não dá pra por o de todo mundo que comenta e curti as coisas do face, resumindo, das que eu vejo kk 
Mas acho que nessa fic apareceu bastante nomes.
Mas e esse final? Um susto e tanto pra uma mãe no fim da gestação :x
Espero que estejam gostando. Beijoos! 


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Capítulo 77 - " Um passo importante na nossa vida"





- Você vai ficar lá em casa a partir de agora! - Luan falava enquanto voltávamos para casa.
- Luan...
- Amanda, você ouviu a doutora. Você vai ficar na minha casa e a minha mãe e a Bruna vão te ajudar.
- Não quero dar trabalho.
- Não é trabalho nenhum, amor. Por favor, promete que vai fazer tudo certinho? Eu viajo hoje mas no início da semana eu tô de volta!
- Claro que sim, amor! Eu nunca colocaria em risco a vida da nossa bebê. - Sorri e ele beijou minha mão.
- E a sua também, não se esquece! - Assim que chegamos, os pais do Luan estavam preocupados, então contamos tudo para eles.
Minha sogra concordou de bom grado com a ideia de eu ficar lá até meu bebê nascer e eu lhe agradeci.
- Luan, leva ela pro quarto enquanto eu vou preparar uma sopa. - Luan concordou e nós subimos para seu quarto, que agora seria meu também durante cinco meses.
- Tenho que pegar minhas coisas. - Falei e ele concordou, se deitando ao meu lado.
- Vou ligar pra Larissa e a Bruna vai lá com ela. - Assenti. - Sabe o que eu estava pensando?
- Não... - Ri.
- No nome da nossa filha, não quero chamar ela só de bebê.
- Eu tinha me esquecido desse detalhe, amor. - Ri.
- Tá vendo como sou um pai dedicado? Mãe desnaturada! - Revirei os olhos.
- Vai querer o que? Nicole? Valentina? - Fiz careta e ele riu.
- Andou pesquisando sobre mim?
- Não, mas são coisas que vejo sem querer.
- São lindos, vai...
- Com certeza! - Ele riu. - Sério, não gosto de nenhum dos dois.
- Eu gosto, mas estava pensando em outro.
- Qual? - Perguntei curiosa.
- Eu queria que fosse uma homenagem pra uma pessoa muito especial pra você, que me ajudou e me apoiou bastante a te conquistar, que torcia demais pela gente e tenho certeza que deve estar muito feliz de onde esteja. Porém, essa pessoa se foi muito cedo e não conseguiu ver nada disso, nem conhecer os netos, nada...
- Amor...
- Quero que a nossa filha se chame Marina, o nome da sua mãe. - Ele sorriu me olhando. - O que você acha?
- Ainda pergunta? Eu tô emocionada. É claro que eu quero!
- Sabia que gostaria! - Ele riu antes de beijar meu rosto.
- Eu nem sei o que te dizer. Você é o melhor do mundo! 
- Você que é! - Ficamos abraçados ali até eu pegar no sono.
Acordei e o Luan não estava mais do meu lado, mas não demorou muito para entrar no quarto.
- Boa noite, amor! - Ele riu.
- Boa noite? - Me sentei na cama.
- Como você dorme, muié!
- Nossa, até eu me assustei. - Ri.
- Minha mãe vai esquentar sua sopa, que esfriou, pra você comer. - Assenti e ele saiu, voltando logo em seguida.
- O que estava fazendo? 
- Preparando um texto e esperando você acordar.
- Texto?
- Acho melhor anunciarmos sua gravidez.
- Ah...É verdade!
- Posso publicar?
- Claro, amor. - Ele publicou o que tinha escrito, junto com uma foto minha que tiramos na nossa última viagem, e me mostrou.




"Hoje eu venho aqui falar pra vocês, que nessa barriga está morando mais um anjinho, mais um fruto do meu amor com a Amanda. 
É inexplicável essa sensação que eu tô sentindo, é inexplicável esse negócio de amor de filho. Sei lá você nem viu a carinha dele ainda e já dá sua vida por ele. Agora eu tenho dois motivos pra viver, além da mulher da minha vida, claro. 
Que nossa princesa, Marina venha com muita saúde! Eu já te amo, minha filha!"

- O que você achou? - Ele me perguntou.
- A coisa mais linda do mundo. Você nasceu pra isso! - Ri e ele me abraçou.
- Poxa! Pensei que tivesse nascido pra cantar.
- Também! - Rimos.
Luan teve que viajar para cidade em que faria show e eu fiquei ali, morrendo de saudade do meu amor.
Comi a sopa, que minha sogra tinha preparado e Bruna chegou da casa da sua amiga agitada.
- O que foi? - Perguntei.
- O show vai ser exibido! - Ela encaixou o notebook na televisão.
- Sério? Que ótimo! - Rafael também chegou e se deitou do meu lado.
- Pensei que tinha me abandonado, filho! - Beijei-o.
- Tava comendo o bolo da vovó.
- Sei como é! - Ri.
- Vou fazer pipoca! - Bruna falou.
- Eu não posso comer besteiras, Bruna.
- Fica tranquila, cunhadinha, a sua vai ser feita com água, sem sal e sem leite condensado. Vai ser bom que sobra mais pra mim e pro Rafa, não é?
- É! - Rafael falou animado e nós rimos.
Logo ela voltou com a minha pipoca em um pote separado e se deitou do lado do Rafa.
O show começou normal, mas o final me surpreendeu. Luan cantou a última música e quando as cortinas estavam se fechando ele mandou parar e começou a falar.

Hoje eu vou cantar uma música extra, vocês querem? - Os fãs gritaram e ele riu.
Eu vou cantar essa música extra por dois motivos. O primeiro é que eu amo muito vocês e não tô querendo ir embora. (Risos) O segundo, é que eu queria dar um grande passo na minha vida e na vida de uma pessoa muito especial pra mim. 
Vim no avião pensando, por que não fazer isso junto com os meus fãs, que também são as coisas mais especiais da minha vida? Então esperem aí! 

Ele foi até a lateral do palco e voltou com o celular na mão. Bruna sorria do meu lado.
Luan mexia no celular e o colocou no ouvido, o meu começou a tocar e eu estremeci quando vi seu nome.
- Atende logo, Amanda!
- Bruna...
- Vai! - Ela riu e eu atendi.
- Alô
- Amanda?
- Oi... - Minha voz quase não saia.
Luan colocou o celular no viva-voz.
- Você quer casar comigo? - Meus olhos se arregalaram.
Escutei os gritos dos fãs pelo celular e pela TV. Quase entrei em pânico, até eles começarem a gritar em um coro,"aceita" me fazendo sorri.


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Eu ameeei escrever esse capítulo, e vocês o que acharam dele?
Eu quis um pedido de casamento mais original, espero que tenham gostado.
E o que acharam do nome da nossa nova personagem? Eu acho esse nome lindo e já estava com essa ideia desde o começo da fanfic haha
Bjão e até a próxima!